Luz amarela para os frigoríficos de bovinos. Importador não gosta de dólar fraco.
Vendas externas podem sentir pressão cambial e recuarem, num momento importante do setor pecuário (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)
Importador gosta de dólar forte na cotação com as moedas das origens das mercadorias.
Nesta virada de semana, a divisa americana, em queda franca, ameaça ser um estresse para a cadeia da carne bovina do Brasil.
Os R$ 0,30 perdidos desde o começo do mês, com o câmbio em R$ 5,39 na sexta, certamente já tem tirado um pouco do ímpeto dos compradores.
Chegou a mínimas de seis meses.
A carne fica mais cara com o dólar mais fraco. E com o boi em torno do R$ 340 a @, em São Paulo, a margem do frigorífico fica mais apertada, ante a volume menores de vendas.
As exportações foram, em geral, relativamente boas em janeiro.
Mas, pelo lado chinês, que neste mês comprou mais dos contratos fechados antes do embargo de setembro a dezembro (vaca louca), haverá recuo por, pelo menos 15 dias. O país entra no Ano Novo Lunar e seu tradicional feriadão.
Não se descarta, daí, que a compra de boi pelas indústrias pode recuar & mercado interno nem conta muito -, num momento que a oferta tende a crescer de boi das águas.
No radar da semana que entra, permanece o cenário que fortaleceu o real.
Alguma melhora no nível de desempregados, o fim do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em negócios com moeda estrangeira (que ajuda a aumentar o fluxo de divisas no País) e um ambiente mais favorável externo (aumento dos juros nos EUA a partir de março, possivelmente) e o ensaio de uma distensão na crise Rússia-Ucrânia.
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