Dólar digital: MIT e Fed de Boston divulgam 1ª fase do projeto de pesquisa para a CBDC

A divulgação feita ontem menciona “um processador de transações teórico, de alto desempenho e resiliência para uma CBDC, desenvolvendo um software de pesquisa de código aberto, o OpenCBDC” (Imagem: Unsplash/Alexander Schimmeck)

Um software de código aberto, desenvolvido a partir de um projeto de pesquisa colaborativa entre o Federal Reserve de Boston e a Iniciativa para Moeda Digital (DCI), do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, foi divulgado nessa quinta-feira (3).

Ambas as partes anunciaram a colaboração em agosto do ano passado, formando um componente essencial para uma investigação mais ampla de moedas digitais emitidas por bancos centrais (💥️CBDCs) pelos oficiais do Federal Reserve.

Embora nenhuma decisão tenha sido tomada em relação ao Fed lançar ou não o 💥️dólar digital em um futuro próximo, a instituição financeira divulgou, recentemente, um relatório sobre os benefícios e riscos de uma moeda digital dos Estados Unidos.

A divulgação feita ontem menciona “um processador de transações teórico, de alto desempenho e resiliência para uma 💥️CBDC, desenvolvendo um software de pesquisa de código aberto, o OpenCBDC”. A publicação da primeira fase da pesquisa inclui código no GitHub e um whitepaper.

“É fundamental entender como tecnologias emergentes podem dar suporte a uma 💥️CBDC e quais desafios permanecem”, disse Jim Cunha, vice-presidente executivo do Fed de Boston, em uma declaração.

“Essa colaboração entre o MIT e nossos tecnologistas criou um modelo de pesquisa de 💥️CBDC escalável, que nos permite aprender mais sobre essas tecnologias e as escolhas que deveriam ser consideradas no desenvolvimento de uma 💥️CBDC”.

De modo notável, o whitepaper destacou que, “apesar de usar ideias da tecnologia blockchain, descobrimos que um livro-razão distribuído sob a jurisdição de diferentes agentes não era necessário para atingir os nossos objetivos”.

Consta, em seguida, no documento:

Especificamente, um livro-razão distribuído não atende às nossas suposições de confiança na abordagem do Projeto Hamilton, que assume que a plataforma seria administrada por um agente central.

Descobrimos que, mesmo em funcionamento sob a administração de um agente central, a arquitetura de um livro-razão distribuído tem suas desvantagens.

Por exemplo, ele pode gerar gargalos de desempenho, e exige que o processador central de transações mantenha o histórico de transações, o que um de nossos designs não faz, resultando em propriedades de de rendimento de escalabilidade significativamente aprimoradas.

Quanto ao futuro, o trabalho “prepara o terreno” para uma fase adicional de pesquisa, a qual o documento destacou em termos de áreas de prioridade.

“Na fase 2 do Projeto Hamilton, o Fed de Boston e o DCI do MIT irão explorar novos designs de funcionalidade e técnicas alternativas”, escreveram os autores do documento.

“Tópicos de pesquisa podem incluem designs de criptografia para privacidade e auditabilidade, programabilidade e contratos autônomos, pagamentos off-line, emissão e redenção seguras, novos casos de uso e modelos de acesso, técnicas para manter um acesso aberto, ao mesmo tempo em que protege contra ataques de negação de serviço, e novas ferramentas para promulgar políticas. Além disso, esperamos colaborar e explorar esses desafios com outros contribuidores técnicos de diversas origens no repositório de código aberto”.

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