Em sessão especial, Assembleia Geral da ONU se prepara para isolar a Rússia
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse esperar que as negociações “produzam não apenas uma interrupção imediata dos combates, mas também um caminho para uma solução diplomática” (Imagem: John Thys/Pool via REUTERS)
A 💥️Assembleia Geral das Nações Unidas, com 193 membros, começou a se reunir nesta segunda-feira para uma sessão especial sobre a crise na 💥️Ucrânia antes de uma votação nesta semana para isolar a 💥️Rússia, lamentando sua “agressão contra a Ucrânia” e exigindo que as tropas russas parem de lutar e se retirem do país.
A Assembleia Geral votará esta semana um projeto de resolução semelhante ao texto vetado pela Rússia no Conselho de Segurança da 💥️ONU na última sexta-feira.
Nenhum país tem veto na Assembleia Geral, e diplomatas ocidentais esperam que a resolução, que precisa de dois terços do apoio, seja adotada.
Embora as resoluções da Assembleia Geral não sejam vinculativas, elas têm peso político. Os 💥️Estados Unidos e aliados vêem a ação nas Nações Unidas como uma chance de mostrar que a Rússia está isolada por causa da invasão da vizinha Ucrânia.
O projeto de resolução já tem pelo menos 80 co-patrocinadores, disseram diplomatas na segunda-feira. Mais de 100 países devem falar antes da votação da Assembleia Geral.
O embaixador francês na ONU, Nicolas de Riviere, disse: “Ninguém pode desviar o olhar, a abstenção não é uma opção”.
As negociações de cessar-fogo entre autoridades russas e ucranianas começaram na fronteira bielorrussa na segunda-feira, enquanto a Rússia enfrenta um isolamento econômico cada vez mais profundo, mas foram encerras nesta segunda sem avanço. Um novo encontro deve acontecer nos próximos dias.
O secretário-geral da ONU, 💥️António Guterres, disse esperar que as negociações “produzam não apenas uma interrupção imediata dos combates, mas também um caminho para uma solução diplomática”.
Guterres descreveu a decisão do presidente russo, 💥️Vladimir Putin, no domingo, de colocar as forças nucleares da Rússia em alerta máximo como um “desenvolvimento assustador”, dizendo à Assembleia Geral que o conflito nuclear é “inconcebível”.
O embaixador da Ucrânia na ONU, Sergiy Kyslytsya, descreveu a ordem de Putin de colocar as forças nucleares russas em alerta como “loucura”.
“Se ele quer se matar, ele não precisa usar um arsenal nuclear, ele tem que fazer o que o cara em Berlim fez em um bunker em 1945”, disse Kyslytsya à Assembleia Geral, referindo-se ao suicídio de Adolf Hitler.
Guterres também alertou sobre o impacto do conflito sobre os civis e disse que pode se tornar a pior crise humanitária e de refugiados da Europa em décadas.
“Embora os ataques russos tenham como alvo principal instalações militares ucranianas, temos relatos confiáveis de edifícios residenciais, infraestrutura civil crítica e outros alvos não militares que sofreram danos pesados”, disse ele.
O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, disse que as ações da Rússia na Ucrânia estão sendo “distorcidas”. Ele disse à Assembleia Geral: “O exército russo não representa uma ameaça para os civis da Ucrânia, não está bombardeando áreas civis”.
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