Fenabrave: Vendas de veículos têm o pior primeiro bimestre em 17 anos
Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 129,3 mil unidades foram emplacadas no mês passado, 22,8% a menos do que no segundo mês de 2023 (Imagem: Pixabay)
Em desempenho que confirma o pior início de ano do mercado automotivo desde 2005, fevereiro foi mais um mês fraco para as vendas de veículos.
Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 129,3 mil unidades foram emplacadas no mês passado, 22,8% a menos do que no segundo mês de 2023.
Ainda que levemente superior & alta de 2,2% & ao modesto total de janeiro, o resultado reforça os sinais de fragilidade de demanda em meio à combinação de menor disponibilidade de renda dos consumidores com aumento no custo de aquisição dos veículos, tanto nas tabelas de preços das revendas quanto nos financiamentos dos 💥️bancos.
A produção das montadoras continua comprometida pela irregularidade no abastecimento de componentes eletrônicos, porém as vendas têm sido inferiores à limitada oferta de carros.
Os 255,8 mil veículos emplacados nos dois primeiros meses do ano ficaram 24,4% abaixo de 2023 e representam o pior primeiro bimestre em 17 anos.
O balanço foi divulgado nesta quinta-feira, 3, pela 💥️Fenabrave, associação das concessionárias, e mostra que, somente no mercado de carros de passeio e comerciais leves, como picapes e vans, as vendas caíram 24% em relação a fevereiro de 2023, somando 120,2 mil unidades. Contra janeiro, houve alta de 3,1% no segmento.
A liderança neste ano segue com a Fiat, marca de 21% do total vendido entre janeiro e fevereiro, seguida por💥️ General Motors (12,9%), 💥️Hyundai (11%) e 💥️Volkswagen (10,4%).
As vendas de caminhões, um total de 8 mil unidades, seguem na contramão, com alta de 3,2% frente a fevereiro de 2023. Na comparação com janeiro, no entanto, as vendas de caminhões caíram 6,5%.
O balanço da Fenabrave mostra ainda queda de 21,4% das vendas de ônibus em relação a fevereiro do ano passado. Frente a janeiro, as entregas de coletivos (1,1 mil unidades) tiveram baixa de 17,9%.
O corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) promovido pelo governo na semana passada & de 18,5% no caso dos automóveis & pode ajudar a tirar o setor do estado de letargia, ainda que seus efeitos possam ser atenuados por uma aguardada puxada da inflação global com a guerra na Ucrânia.
Estimativas de consultorias como Bright Consulting e Jato Dynamics apontam para vendas adicionais na faixa de 100 mil a 200 mil veículos durante o ano em razão do imposto mais baixo.
Segundo a Bright, a redução do IPI permitirá ao mercado praticar descontos entre 1,7% e 1,8%, na média, nos preços dos carros.
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