Santander sobe projeção para Selic a 12,25% ao fim deste ano com expectativa de inflação de 5,9%
Em relatório mensal de atualização de cenário para março, o Santander passou a ver o IPCA em alta de 5,9% ao fim de 2022, taxa bem acima da meta oficial para o ano (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)
O 💥️Santander Brasil (💥️SANB11) elevou sua estimativa para o patamar da taxa básica de 💥️juros Selic ao fim deste ano a 12,25%, ao mesmo tempo em que aumentou a projeção para a alta do 💥️IPCA no período a um nível ainda mais acima da meta oficial de 2022.
Anteriormente, o banco projetava os juros básicos brasileiros em 11,75% no final do ano, mas sinalizações mais duras do 💥️Banco Central na ata de sua última reunião de política monetária e a persistência da inflação justificaram uma revisão, que, segundo o Santander, tem “viés altista”.
Em relatório mensal de atualização de cenário para março, o Santander passou a ver o IPCA em alta de 5,9% ao fim de 2022, taxa bem acima da meta oficial para o ano, que é de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. A previsão anterior do credor era de inflação de 5,4% neste ano.
Para 2023, a projeção para o IPCA foi mantida em alta de 3,7%.
O ajuste nas contas do Santander para a 💥️inflação vem depois de leitura mais forte do que o esperado para o IPCA-15 em fevereiro, quando o índice subiu 0,99%, maior taxa para o mês em seis anos.
“A abertura seguiu mostrando pressões disseminadas, com a inflação de bens industriais muito elevada e a inflação de serviços em tendência de aceleração”, disse o banco no relatório. “Prospectivamente, não vemos uma reversão rápida deste quadro.”
Por outro lado, o Santander melhorou ligeiramente a projeção para a taxa de câmbio, vendo o real a 5,30 por dólar ao fim de 2022. No fim do mês passado, o banco estimava o preço da moeda a 5,40 por dólar.
“O fluxo estrangeiro e o diferencial de juros (do Brasil) com a 💥️economia americana favorecem a apreciação do real”, afirmou o credor privado, embora tenha apontado a retirada de estímulos monetários globais, tensões geopolíticas no exterior e incertezas de natureza fiscal no âmbito local como possíveis empecilhos para a moeda brasileira.
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