Dia da Mulher: Veja quem foi a primeira mulher investidora do Brasil

Eufrásia foi reconhecida pela B3 como a primeira investidora da bolsa brasileira em 2023 (Autor desconhecido/Reprodução)

A Brasil tem hoje pouco mais de 1,1 milhão de mulheres que investem na bolsa de valores, segundo apontam dados da 💥️B3.

O número ainda é consideravelmente menor do que a quantidade de investidores homens, que são maioria absoluta no mercado. Elas são 23,5% do total, enquanto os homens são 76,4%, cerca de 3,8 milhões.

Ainda assim, a presença feminina na bolsa de valores crescendo consideravelmente ao longo dos anos. Se hoje superam a casa do milhão, há 10 anos eram menos de 150 mil.

Há mais de cem anos, o número era provavelmente zero. Mas em 1850 nascia no município de 💥️Vassouras (RJ) quem seria pioneira neste universo e viria a ser reconhecida como a primeira mulher investidora da bolsa brasileira.

Eufrásia Teixeira Leite foi uma herdeira, investidora e filantropa brasileira que ganhou notoriedade nos séculos 19 e 20 por suas operações no mercado financeiro, em um período em que mulheres tinham sequer direito ao voto.

Eufrásia e sua irmã eram filhas de Joaquim José Teixeira Leite e Ana Esméria Correia e Castro, ricos aristocratas que deixaram fortuna para as filhas como herança.

Elas partiram para Paris, na 💥️França, após se tornarem órfãs em 1973, ainda muito jovens. Foi na Europa que Eufrásia conheceu o mundo dos investimentos, ainda muito hostil para as mulheres.

Ela sequer podia participar dos pregões sem o intermédio de homens para a compra e venda de ações, por exemplo.

Mas foi o seu conhecimento em matemática financeira, além da fluência em outros idiomas, além de muito estudo sobre o tema que permitiu que ela multiplicasse consideravelmente seu patrimônio, alcançando então sua plena liberdade financeira.

A jovem operou nas bolsas de 💥️Londres e 💥️Nova York, tendo realizado negócios em 17 países e em diferentes moedas, como a libra esterlina, o franco francês, belga e suíço, o dólar americano e o canadense e outras.

Segundo informações da época, no final do século 19, a investidora já possuía uma fortuna de 1 milhão de francos franceses e figurava na lista de milionários do país.

Eufrásia tinha papéis de companhias como a Rio Tinto, Citibank, Deutsche Bank e a antiga cervejaria Antartica, hoje 💥️Ambev (💥️ABEV3).

Além de ações, sua fortuna era formada por seus investimentos em debêntures e apólices, tanto no Brasil como no exterior.

Cálculos estimam que, se vivesse hoje, Eufrásia teria uma fortuna na casa dos bilhões. Ela foi reconhecida como a primeira investidora da bolsa brasileira em 2023 pela B3 e pela 💥️ONU Mulheres.

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