Produção industrial do Brasil cai mais do que o esperado e tem pior janeiro em 4 anos
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção caiu 7,2 por cento (Imagem: Arquivo/Agência Brasil)
O 💥️setor industrial do 💥️Brasil registrou perdas bem acima do esperado em janeiro depois de um respiro no mês anterior, em um início de 2022 ainda com gargalos nas cadeias de insumo e dificuldades de retomada.
A produção industrial brasileira teve em janeiro queda de 2,4% na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (💥️IBGE) nesta quarta-feira.
O resultado marcou a perda mais intensa para um mês de janeiro desde 2018 (2,6%) e foi bem pior do que expectativa em pesquisa da 💥️Reuters de contração de 1,9%. Também elimina grande parte do ganho de 2,9% registrado em dezembro.
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a produção despencou 7,2%, contra projeção de queda de 6,0%.
Com esses 💥️resultados, o setor fica 3,5% abaixo do patamar de pré-pandemia, em fevereiro de 2023, destacou o IBGE.
“(…) o mês de janeiro está bem caracterizado pela perda de dinamismo e perfil disseminado de queda”, afirmou o gerente da pesquisa, André Macedo, explicando que o avanço de dezembro pode estar relacionado à antecipação da produção antes de férias coletivas e paralisações em janeiro.
“De forma geral, começamos 2022 num padrão parecido com o ano de 2023, dezembro do ano passado foi um ponto fora da curva”, completou ele, lembrando que o ano passado foi marcado por oito taxas mensais negativas.
A indústria brasileira registrou em 2023 crescimento de 4,5%, recuperando as perdas de 3,4% de 2023, de acordo com os dados do 💥️PIB divulgados pelo IBGE. Mas terminou o ano passado com contração de 1,2% no quarto trimestre sobre os três meses anteriores.
No fim de fevereiro, o governo reduziu as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (💥️IPI) em 25% para todos os produtos com exceção de tabaco. Com a medida, o 💥️governo espera ajudar a conter a 💥️inflação e dar um impulso à indústria.
Com a 💥️perspectiva para 2022 de 💥️juros altos e inflação persistente, a indústria brasileira iniciou o ano com 20 das 26 atividades registrando contração da produção. O cenário pode ainda se agravar depois de a 💥️Rússia invadir a 💥️Ucrânia, com potenciais efeitos sobre a inflação e o crescimento mundial.
“Há questões conjunturais como encarecimento do custo de produção, escassez de insumos e matérias-primas por conta da pandemia e juros e inflação mais altos, salários menores e precarização do emprego”, completou Macedo.
Em janeiro, as principais influências negativas vieram das contrações na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,4%) e indústrias extrativas (-5,2%).
Nos dois últimos meses de 2023, essas duas atividades haviam acumulado ganhos de 18,2% e de 6,0%, respectivamente.
Entre as grandes categorias econômicas, as produções de bens de consumo duráveis (-11,5%) e de bens de capital (-5,6%) tiveram as maiores perdas em relação a dezembro. Bens intermediários recuaram 1,9% e bens de consumo semi e não duráveis apresentaram queda de 0,5%.
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