Combustível: Líder dos caminhoneiros não enxerga possibilidade de greve por aumento nos preços
Greve não é opção provável por ora, segundo sindicalista (Imagem: REUTERS/Washington Alves)
A 💥️Petrobras (💥️PETR3; 💥️PETR4) anunciou nesta quinta-feira (10), um novo aumento nos preços dos 💥️combustíveis e no gás de cozinha.
Os novos valores começarão a valer a partir de sexta (11), e trazem novamente à tona a preocupação que todo brasileiro tem desde 2018: 💥️haverá uma nova greve dos caminhoneiros?
Para o sindicalista Wallace Landim, o Chorão, a possibilidade não está sendo considerada, pelo menos por ora.
Segundo ele, a nova rodada de alta nos preços “não é um problema somente dos caminhoneiros”.
“Não vou ficar inflamando a categoria com um problema que é de todos. A população precisa se mobilizar. Neste exato momento, precisa partir das classes baixa e média, porque elas precisam se movimentar. Os caminhoneiros vão novamente levantar uma pauta que é de toda sociedade?”, afirmou ele ao 💥️Money Times.
Em relação à precificação dos combustíveis, Chorão enxerga que “o governo precisa ter coragem de retirar o Preço de Paridade de Importação (PPI)”, adotado na gestão de Michel Temer (MDB), em 2016.
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“O governo precisa ter a sensibilidade, e nosso presidente precisa ter a coragem de retirar o PPI, que serve para dar lucro aos acionistas. Precisamos que o governo crie uma situação para que consigamos reduzir os preços e sobreviver”, disse.
Além disso, Chorão afirma que a PEC do combustível, projeto que propõe zerar o imposto sobre gasolina, diesel e gás, não é o suficiente, sendo apenas uma solução “paliativa”.
Petrobras anuncia novos aumentos em combustíveis
Na quinta, a Petrobras anunciou que elevará os preços do diesel em cerca de 25% em suas refinarias, enquanto os valores da gasolina deverão subir quase 19%, na esteira dos ganhos nas cotações do 💥️petróleo no mercado internacional em função da guerra na 💥️Ucrânia.
A Petrobras disse em nota que, apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, a empresa decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, porém o reajuste foi necessário para garantir o abastecimento do mercado, uma vez que a empresa não garante todo o suprimento, que depende de importações.
“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, afirmou.
Como funciona a precificação da Petrobras?
Petrobras funciona com PPI desde 2016 (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)
O preço da gasolina e do diesel, até chegar no consumidor, passa por uma série de passos.
Desde 2016, com a presidência de Temer, a Petrobras faz seus cálculos levando em conta a precificação dos combustíveis no mercado internacional. Isso se chama Preço de Paridade de Importação (PPI).
Na prática, quer dizer que o petróleo nas refinarias tem seu preço definido com base nas cotações internacionais, mais os custos da internação do produto, como taxas portuárias e transporte, e margens de remuneração de riscos.
Segundo a União Nacional da Bionergia (Udop), “o PPI maximiza a rentabilidade da empresa na venda de combustíveis no Brasil, ao mesmo tempo em que permite um mercado competitivo”.
A Udop ainda explica que “num momento de alta do barril do petróleo e da desvalorização do Real perante o dólar, fica, portanto, mais caro comprar os combustíveis no Brasil”.
Saindo da Petrobras, o combustível passa por uma adição de tributos federais, como a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), partilhada com estados e municípios; o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
Depois disso, quando chegam nas distribuidoras, a gasolina, o etanol e o diesel podem sofrer o acréscimo do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), definido por cada estado no Brasil.
Em São Paulo, por exemplo, alíquota do ICMS pode ser de até 25% para a gasolina, e de 12%+1,3% para óleo diesel.
A alta, então, é repassada para os postos de gasolina, causando uma reação direta no bolso dos brasileiros, de forma proporcional.
Em 2023, com a desvalorização do real em relação ao dólar, a gasolina e o diesel ficaram quase 45% mais caros, enquanto o etanol subiu 60%, segundo a Ticket Log.
✅*Com informações de Reuters
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