Temporada de leilões de parques e florestas
Primeira da fila: Cataratas do Iguaçu serão primeiro parque a ser leiloado pelo governo (Imagem: Wikimedia/ Martin St-Amant)
Depois de 💥️rodovias, 💥️aeroportos e 💥️saneamento, o Brasil deve entrar numa nova 💥️onda de concessões voltadas ao 💥️setor ambiental. Beneficiadas pelo apelo 💥️ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança), as 💥️licitações envolvem 💥️parques e 💥️florestas espalhados por todo o País. Só neste ano a expectativa é de realizar dez💥️ leilões até o terceiro trimestre, segundo o 💥️Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (💥️BNDES). Mas o potencial é ainda maior.
A instituição calcula que haja 8,4 milhões de hectares de 💥️unidades de conservação que podem ser concedidos para a💥️ iniciativa privada & isso equivale ao tamanho da Áustria, diz o diretor de concessões e 💥️privatizações do banco, Fábio Abrahão. A área inclui parques e florestas naturais de Estados, municípios e governo federal. Alguns são viáveis economicamente, outros poderiam se tornar ferramentas interessantes na busca de empresas por maior 💥️sustentabilidade.
Por se tratar de um setor novo e com ativos menores comparados a rodovias e aeroportos, por exemplo, todo o sistema e a tecnologia precisaram ser desenvolvidos. Além disso, diz Abrahão, era importante criar escala e montar uma carteira consistente de projetos para expandir uma indústria que no Brasil ainda engatinha.
“As modelagens são menores. Para gerar impacto, precisamos de escala e um padrão”, diz Abrahão, que trabalha em cima dessas concessões há um ano e meio. Isso significa criar uma carteira de projetos interessante para atrair 💥️investidores. Outra preocupação foi desenvolver uma modelagem que trouxesse benefícios para o entorno dos parques ou florestas. Ou seja, definir exigências que promovam a interação com a população e melhorias nas comunidades locais.
“💥️O mercado de parques no Brasil é muito pequeno e pode se desenvolver bastante se usarmos como exemplo países como 💥️Estados Unidos, 💥️Canadá e África do Sul, onde essa indústria movimenta muita gente e recursos”, diz Abrahão. A primeira concessão modelada pelo BNDES vai ocorrer em 22 de março. Trata-se da licitação do 💥️Parque Nacional Foz do Iguaçu (PR), que tem como principal atração as Cataratas & considerada uma das sete maravilhas da natureza. No total, o BNDES tem 50 projetos em elaboração.
SUSTENTABILIDADE
Segundo o sócio da 💥️BF Capital, Renato Sucupira, exemplos de sucesso de alguns leilões já realizados, como o do 💥️Parque do Ibirapuera, em São Paulo, podem incentivar a entrada de investidores na nova leva de licitações. Na concessão de Foz do Iguaçu, por exemplo, ele acredita que a disputa será acirrada.
Mas o executivo avalia que a carteira do BNDES inclui parques e florestas não rentáveis, o que exigirá uma modelagem diferenciada para atrair investidores. Além disso, ele cita áreas com vocação turísticas, como 💥️Lençóis Maranhenses, mas que têm desafios ligados ao tamanho do parque. “Como fazer entradas nessas áreas?”
O diretor do BNDES destaca que, se bem-feitas, essas concessões podem ser importante ferramenta para as empresas na prática de ESG. Ele explica que a carteira tem tanto projetos autossuficientes quanto aqueles que não param de pé financeiramente. “Mas, mesmo nesses, há interessados em colocar dinheiro a fundo perdido.”
São empresas que querem aliar suas marcas à sustentabilidade. Além disso, alguns 💥️fundos têm metas para investir em companhias com essas iniciativas. Outro motivo para investir nessas concessões está no avanço do 💥️mercado de carbono. Ter uma área degradada, que precisa ser recuperada e preservada, pode render créditos no futuro.
Mas esses ativos só devem ser colocados na praça mais para a frente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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