Ação da Stone dispara mais de 40%; projeções animam, apesar de desconfiança

O 💥️BTG Pactual mencionou que o resultado foi divulgado próximo ao fim do atual trimestre, o que possibilitou à empresa “anunciar importantes projeções para o período, em que aponta para grande aumento de tarifas (take rate) e elevação de rentabilidade na comparação trimestral”, segundo relatório assinado por analistas, incluindo Eduardo Rosman.

A Stone também afirmou no balanço que espera uma evolução de margens em 2022, após ajuste na política de preços em novembro. Além disso, fez uma mea-culpa ao dizer ter “aprendido com os desafios do ano passado e, claro, corrigido”.

“Uma mudança digna de nota para nós foi a modificação de comportamento da administração, agora declarando sua expectativa de evolução nas margens”, escreveram analistas do JPMorgan liderados por Domingos Falavina.

O resultado financeiro da Stone foi considerado abaixo das já baixas expectativas, mas além das perspectivas para 2022, alguns números operacionais animaram.

Um ponto em comum de destaque foi o salto de 87% sobre o desempenho do quarto trimestre de 2023 na receita trimestral, para 1,87 bilhão de reais, além da alta de 54,5% dos pagamentos processados (sem contabilizar efeitos do auxilio emergencial).

Analistas do Citi elevaram a recomendação da ação de ‘neutra’ para ‘compra’ após o balanço.

“Os resultados ainda refletem um cenário desafiador, mas acreditamos que há sinais de um futuro levemente melhor do que o mercado espera”, escreveu a equipe de Gabriel Gusan.

Recuperação e desconfiança

Até o fechamento da véspera, os papéis da Stone tinham acumulado queda de 43% neste ano, em meio a uma liquidação das ações de tecnologia nos últimos meses, dada a expectativa de alta de juros nos EUA e fracos resultados corporativos.

A ação de PagSeguro, rival da Stone, avançava 21,7% na sessão. Além da influência dos resultados da rival, o papel beneficiava-se de pregão positivo para o setor.

Apesar das visões mais positivas sobre a Stone, analistas seguem, em geral, cautelosos.

“Reconquistar a confiança dos investidores demanda tempo, mas melhores resultados no primeiro trimestre podem ser um primeiro passo para uma recuperação”, escreveram analistas do BTG Pactual, que têm recomendação ‘neutra.

O Bank of America, em relatório de Mario Pierry e equipe, resumiu: “Dados os recentes deslizes, nós achamos que a Stone virou um caso de ‘mostre-me’ (os resultados)”. A casa manteve recomendação ‘neutra’.

💥️(Atualizada às 14:45)

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