Amazon (AMZO34): Empresa quer banir palavras como “banheiro” e “aumento de salário” do v
Amazon quer bloquear palavras como “sindicato” e “banheiro” (Imagem: Unsplash/Christian Wiediger)
A 💥️Amazon (💥️AMZO34), em mais uma empreitada para travar as uniões trabalhistas de seus funcionários, está planejando o desenvolvimento de um aplicativo de conversas internas entre os colaboradores que censura certas palavras, como “banheiro”, “sindicato” e “trabalho escravo”.
Segundo o site ✅The Intercept, que obteve um documento que fala sobre o aplicativo, outros termos proibidos na conversa serão “prisão”, “plantação”, “aumento salarial”, “indenização”, “reclamação”, “aumento salarial”, “compensação”, “ética”, “injustiça”, “escravo”, “mestre”, “liberdade”, “diversidade”, “injustiça” e “justiça”, bem como frases como “isso é burrice” e “isso é preocupante”.
O✅ The Intercept afirma ainda que “foi criado um ‘monitor automático de palavrões’, constituindo uma lista que sinalizaria e bloquearia automaticamente os funcionários de enviar uma mensagem que contenha palavras-chave profanas ou inadequadas”, como as descritas acima, do ponto de vista da Amazon.
“Com o texto livre, corremos o risco de as pessoas escreverem gritos que geram sentimentos negativos entre os espectadores e os receptores”, afirma um documento resumindo o programa. “Queremos nos inclinar a ser restritivos no conteúdo que pode ser postado para evitar uma experiência negativa do associado”, diz o documento obtido pelo site norte-americano.
“Além do sistema automatizado, os gerentes terão autoridade para sinalizar ou suprimir quaisquer Shout-Outs que considerem inadequados”, continua o documento.
O piloto do aplicativo deve ser lançado ainda neste mês.
“Se for lançado em algum momento”, disse o porta-voz da Amazon ao ✅The Intercept, “não há planos para que muitas das palavras que você está chamando sejam rastreadas. Os únicos tipos de palavras que podem ser rastreadas são aquelas que são ofensivas ou de assédio, que visam proteger nossa equipe”.
O que há por trás
O desenvolvimento do app vem no rastro de uma série de reclamações em relação às estruturas da empresa e da sindicalização dos funcionários, quando um grupo de funcionários em um centro de atendimento em Nova York se sindicalizou, tornando-se o primeiro exemplo de trabalhadores da Amazon a fazer isso.
Relatos recentes apontam que os motoristas da Amazon, responsáveis pelas entregas da companhia, estavam urinando em garrafas plásticas por conta de horários excessivos de trabalho.
À época, em março do ano passado, Alexandria Ocasio-Cortez, membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, fez um tuite atribuído à Amazon no qual a empresa afirmava que “havia descoberto fezes humanas em uma sacola que retornou para a estação de trabalho”.
Em resposta, a Amazon assumiu que a situação acontece, mas “com os motoristas, e não com os funcionários de armazéns”.
“O tuite estava incorreto. Não contemplou nossa grande população de motoristas e, em vez disso, focou erroneamente apenas em nossos centros de atendimento. Um centro de distribuição típico da Amazon tem dezenas de banheiros, e os funcionários podem se afastar de sua estação de trabalho a qualquer momento. Se algum funcionário em um centro de distribuição tiver uma experiência diferente, nós o encorajamos a falar com seu gerente e trabalharemos para corrigir isso”, disse o comunicado do ano passado.
Quais palavras serão bloqueadas?
As palavras que poderão ser bloqueadas são as seguintes:
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