Lucrar fazendo exercícios: o “Move-to-Earn” é a febre do momento?
A categoria “Move-to-Earn” (M2E) pode ser inicialmente compreendida como um “desenvolvimento ou uma variação do estilo de jogo que se estabeleceu como Play-to-Earn, ou jogue para ganhar”. Imagem: Unsplash/Reprodução)
O “Move-to-Earn”, ou “mova-se para ganhar”, está cada vez mais em evidência dentro do cenário de jogos em blockchain.
Principalmente depois do projeto STEP’N, que recentemente ganhou a atenção de todos, após a valorização de seu token de governança (GMT) 💥️de mais de 300x do preço em sua oferta inicial, que aconteceu em março na 💥️Binance Launchpad.
Diversos investidores, analistas e jogadores estão agora, em busca das próximas novidades e promessas desse mercado. Diversos projetos relacionados já foram lançados e estão atualmente disponíveis.
Outros ainda estão em fase de desenvolvimento ou então sendo preparados para a realização de rodadas de venda antecipada de ativos, ou “✅whitelists”.
Mas afinal, o que é “Move-to-Earn”?
Segundo Felipe Barros, research manager na Dux Games , a categoria “Move-to-Earn” (M2E) pode ser inicialmente compreendida como um desenvolvimento ou uma variação do estilo de jogo que se estabeleceu como Play-to-Earn, ou jogue para ganhar.
“Em vez de simplesmente jogar para ganhar, o Move-to-Earn possibilita que os jogadores ganhem dinheiro por meio de atividades físicas & ou ainda, mentais, motoras e cognitivas -, tanto indoor quanto outdoor”, explica.
Esse mecanismo de recompensas é feito por meio da combinação entre a 💥️tecnologia de aplicativos e dispositivos móveis como Smartphones, Smartwatches e outros “Health Devices”, com diferentes tipos de sensores e rastreadores & por exemplo, o GPS.
Os dispositivos coletam dados sobre atividade corporal, movimentação e deslocamento. Essas informações podem ser convertidas em diferentes ativos digitais de projetos variados.
Qual a perspectiva de crescimento do Move-to-Earn?
O interesse dos usuários em atividades físicas e saúde corporal sã0 fatores que determinam o sucesso desse tipo de 💥️jogo em blockchain.
Entretanto, para Barros, além de um estilo de vida mais saudável ser atrativo, outros pontos podem ser importantes para “convencer” os usuários a entrarem de vez no Move-to-Earn.
Consciência ambiental
O analista diz que conceitos como os de “carbono neutro”, compensações ou “créditos de carbono”, ligados à ideia de redução da emissão de poluentes, têm sido cada vez mais mencionados no debate público.
Além disso, a poluição ambiental das grandes cidades motiva as pessoas a buscarem fontes alternativas de energia limpa.
Pandemia
Segundo Barros, a pandemia da 💥️Covid-19 aumentou os níveis de stress e sedentarismo. A partir disso, mais pessoas passaram a se preocupar com a própria saúde, buscando praticar exercícios e atividades ao ar livre.
Aumento da inflação e crise energética
Um dos resultados da 💥️guerra entre Rússia e Ucrânia foi a disparada no preço do barril do 💥️petróleo e, consequentemente, o aumento no preço dos 💥️combustíveis.
Por isso, o analista comenta que “pedalar ou caminhar para o trabalho se tornou uma alternativa para economizar dinheiro e 💥️energia”.
Incentivos globais para sustentabilidade
Diversas organizações ao redor do mundo têm fornecido incentivos para a redução das emissões de carbono.
“Não é difícil imaginar que parte destes subsídios poderiam ser direcionados a projetos como o Move-to-Earn, capazes de incentivar as pessoas a modificarem seus hábitos, mantendo estilos de vida mais adequados a esses propósitos”, diz o especialista.
UX (experiência do usuário)
Outro ponto levantado por Barros é que o desenvolvimento de aplicativos que ajudam a registrar, medir e mapear atividades físicas diversas estimulam a adoção do público e facilitam o planejamento de rotinas mais ativas e saudáveis pelos usuários.
Como o Move-to-Earn pode crescer mais?
Segundo o especialista, no cenário GameFi atual, o número de jogadores ainda é relativamente pequeno e a maior parte deles já investiu em 💥️criptomoedas antes.
“Por essa razão, desenvolvimento do mercado está limitado. Nenhum jogo✅ play to earn tem atualmente uma base maior do que um milhão de usuários assíduos”, diz. “O Move-to-Earn é uma proposta capaz de acelerar a adesão e a adaptação de novos usuários ao universo Blockchain”.
Pra ele, os jogos e projetos mais marcantes e bem sucedidos acabam sempre sendo aqueles que melhor ou mais rápido engajam uma comunidade.
“Atletas, práticas e instituições esportivas já possuem um certo número de pessoas que são adeptas e seguidoras destas comunidades antes de entrar no ecossistema da economia blockchain”, comenta.
A “comunidade fitness” global, adepta de um estilo de vida saudável, além de ser enorme, é muito engajada e integrada, mantendo laços firmes e duradouros entre os seus membros e deles com as rotinas de exercícios e atividades praticadas.
Desta forma, a conversão de uma pequena fração destas pessoas em potenciais usuários de aplicativos “Move-to-Earn” já é uma quantia bastante expressiva para a comunidade cripto como um todo.
“Move-to-Earn” e Blockchain
O conceito de se exercitar para ganhar já existe há algum tempo. Diversos aplicativos tentaram recriar um ecossistema de recompensas para as pessoas que os utilizavam ao praticar exercícios.
Mas para o especialista, o movimento “GameFi” foi decisivo para possibilitar a consolidação do Move-to-Earn.
“Com os benefícios de criptografia e 💥️tokens não fungíveis (NFTs), os usuários passam a realmente possuir as recompensas que os aplicativos oferecem, podendo utilizá-las dentro dos jogos, exibi-las como peças colecionáveis ou negociá-las nos mais diversos mercados”.
Barros avalia que muitas outras possibilidades estão ainda inscritas na ascensão do Move-to-Earn, como a criação de 💥️metaversos em potencial ou a utilização de realidade aumentada, realidade virtual e novos tipos de dispositivos móveis para o monitoramento das atividades corporais.
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