Dólar tem sessão instável ante real com foco em IPCA de março e força da moeda no exterior

Dólar

Às 11:26 (de Brasília), o 💥️dólar à vista avançava 0,21%, a 4,7506 reais na venda (Imagem: Pixabay/webandi)

Custos de empréstimos mais altos por aqui tornam o real mais atraente para estratégias que buscam lucrar com diferenciais de juros entre economias avançadas e em desenvolvimento. A Selic está atualmente em 11,75% ao ano, e o Banco Central tem indicado que promoverá ajuste de 1 ponto percentual em sua reunião de maio, o que poderia marcar o fim do ciclo de aperto monetário iniciado há mais de um ano, que tirou a taxa de uma mínima histórica de 2%.

Alguns participantes do 💥️mercado, no entanto, têm dito desde antes da publicação do IPCA de março que a autarquia pode ser forçada a estender o endurecimento da política monetária para além do encontro do mês que vem, com algumas instituições financeiras prevendo juros na casa de 14% até o fim de 2022.

Às 11:26 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,21%, a 4,7506 reais na venda. A moeda oscilou entre 4,7960 reais na máxima (+1,17%) e 4,7150 reais na mínima (-0,54%), depois de trocar de sinal várias vezes ao longo das primeiras negociações.

Na 💥️B3, às 11:26 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,18%, a 4,7755 reais.

Também repercutia no mercado doméstico a força do dólar no exterior, cujo índice ante uma cesta de rivais fortes era negociado acima da marca de 100 pela primeira vez em dois anos nesta sexta-feira.

O dólar foi impulsionado globalmente nesta semana, depois que o banco central norte-americano sinalizou na ata de sua reunião do mês passado que pode intensificar a dose de seu aperto monetário em seus próximos encontros, passando a adotar aumentos de 0,5 ponto percentual nos juros. Em março, o Fed elevou os custos dos empréstimos pela primeira vez desde 2018, em 0,25 ponto.

Com o desempenho desta manhã, o dólar ficava a caminho de subir 1,78% em relação ao fechamento da última sexta-feira, o que encerraria uma sequência de cinco desvalorizações semanais seguidas.

Ainda assim, a moeda cai 14,78% desde o início do ano, com o real ainda ostentando o melhor desempenho global no período, já que, apesar dos riscos locais e do ciclo de aperto monetário do Fed, “o Brasil segue pagando um dos melhores prêmios para o investidor que quer pegar emprestado lá fora e aplicar em país de juro alto”, disse Cruz.

A moeda norte-americana à vista subiu 0,55% na véspera, a 4,7407 reais na venda.

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