Vendas de carnes à Rússia podem piorar e consultor alerta para dificuldades em seguir desviando mercado

Carnes

Exportações menores de carnes à Rússia podem se agravar em abril (Imagem: REUTERS/Phil Noble)

As 💥️exportações brasileiras de 💥️carnes para a 💥️Rússia sentiram as dificuldades para o comércio criadas pelas potências ocidentais após a 💥️invasão da Ucrânia e tentam se acomodar desviando produtos para outros destinos.

Ainda houve um fluxo de proteína de boi, suínos e frangos àquele mercado em março, porém em queda livre sobre janeiro e fevereiro. Só em carne de porco, o recuo sobre fevereiro atingiu 2,575 mil toneladas.

Como as sanções ao fluxo de recursos de e para lá vieram nos primeiros dias de março, e a exclusão do sistema Swift deu-se um pouco mais para o meio do mês, fica a expectativa de que o mês ‘cheio’ de abril mostre um cenário piorado, detecta o consultor em comércio exterior, Michel Alaby.

O avanço dessa situação tem potencial para gerar dificuldades também no deslocamento para outros mercados, ainda que a Rússia esteja longe do potencial comprador exibido no passado.

“Tendem [outros importadores] a pressionarem por preços menores”, avalia Alaby, conhecedor desse mecanismo após vivenciar cenários parecidos em muitos anos de atuação no trade com os países árabes enquanto secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB).

Ainda também se considera as dificuldades logísticas, com muitas linhas de navios excluindo os portos russos.

Enquanto 💥️Money Times aguarda informações solicitadas aos principais players nacionais, os dados compilados pelas entidades setoriais, a partir das informações da Secex, mostram que os frigoríficos estão tendo que acomodar muita mercadoria para outras mesas, correndo o risco de que essa oferta excedente pressione preços.

Em suínos, fevereiro contou com 4,134 mil/t, caindo para 1,559 no mês anterior, enquanto em carne de aves o tombo foi de 5,539 mil/t para 2,218, de acordo com informações recuperadas pela ABPA.

Em relação à carne bovina, a Rússia vinha se apresentando fortemente em janeiro e fevereiro, tanto que mesmo com a redução de março as vendas aumentam 105% no trimestre (mais de 10 mil/t), em levantamento da Abrafrigo e Abiec. Contra fevereiro, de 3,533 mil/t, o volume desceu a 2,094.

O diretor da Alaby & Associados lembra que haveria uma chance de driblar as sanções, negociando com os russos os pagamentos via países que não participam das restrições, como China e Índia, mas o risco de calote, bem como a possibilidade de as empresas entrarem no index da Europa e Estados Unidos, não valem a pena.

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