Como a diversificação pode estar matando a rentabilidade da sua carteira
Tome cuidado: diversificação pode mais atrapalhar do que ajudar os seus investimentos. Confira a coluna do Cadu Guerra para entender isso. (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)
Quando falamos sobre 💥️investimentos, uma das palavras preferidas dos gurus é “diversificar”, mas a verdade é que, quando feita da maneira errada, a 💥️diversificação mais atrapalha sua carteira do que ajuda. Vamos entrar um pouco melhor nisso.
Na hora de montar uma 💥️carteira de investimentos, o ideal é otimizar seu resultado levando em consideração o risco que você está disposto a correr, a 💥️rentabilidade que você deseja ter e o tempo que você quer investir para achar achar o ponto de equilíbrio entre estes três tópicos.
O principal ponto da diversificação é muito claro: mitigar risco. Mas se feita do jeito errado, a diversificação vai mitigar também seus ganhos. Aqui está uma quebra de dois conceitos fundamentais para entender essa análise: o risco sistêmico e o 💥️risco não-sistêmico.
O risco sistêmico é aquele que afeta (quase) todos os ativos. Ele é geralmente atrelado a riscos macroeconômicos, como o clássico 💥️Risco Brasil, a incerteza de estar empreendendo no país. Outros exemplos são a 💥️inflação, crises econômicas ou até pandemias, como a do 💥️Covid 19.
Já o risco não-sistêmico, é um risco inerente ao setor ou ao ativo. Coisas específicas, como um período de secas afeta a produção de determinado alimento, a alta dos 💥️combustíveis, a escassez no mercado de uma matéria-prima específica, e vários outros fatores que podem se desencadear prejudicando toda a cadeia.
Até aí tudo certo, entendi a diferença dos dois riscos, e o que isso significa?
Basicamente existe um limite onde você pode reduzir seu risco. É impossível mitigar 100% o risco dos seus investimentos, porque você sempre estará sujeito a riscos sistêmicos.
Mas e o que isso tem a ver com diversificação?
Quando você foca apenas na diversificação por acreditar que mais diversificação significa mais segurança para sua carteira, você acaba pulverizando seu patrimônio e também seus ganhos.
O gráfico abaixo mostra bem a relação entre risco e diversificação:
E o que podemos concluir com isso?
É importante saber o porquê você vai diversificar e quando colocar mais um ativo entre as suas escolhas e ter a clareza de como você vai acompanhá-lo. Caso contrário, você está só jogando contra sua carteira.
Naval Ravikant, fundador da Angel List e um dos gurus do Vale do Silício, famosamente disse que:
“Quanto mais você sabe, menos você diversifica.”
Esse modelo se mostra verdadeiro em várias situações. Uma vez que a melhor estratégia de investimentos é uma altamente concentrada em algo que você está certo.
Parece utópico, né? E na maioria das vezes é de fato. Por que ninguém é capaz de prever com 100% de certeza os movimentos do mercado no futuro.
Então, nos contentamos com a segunda melhor alternativa. Uma carteira diversificada o suficiente para mitigar a nossa exposição aos riscos e com um ótimo prêmio de risco (é claro que a definição de “ótimo”, nesse caso, varia de investidor para investidor.)
Outra forma de conseguir um bom retorno é diversificando em classes de ativos, mas isso é assunto para outro dia.
Disclaimer
O Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.
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