Banco Central mata sede de dólar, mas mercado quer novas altas da Selic
Embora os investidores pareçam confortáveis com a pausa do BC após junho (Imagem: Banco Central/Antônio Cruz)
O 💥️Banco Central está gastando bilhões de dólares para conter a disparada recente do 💥️dólar, mas para os investidores nada seria mais eficaz do que uma sinalização hawkish da autoridade monetária.
Uma abordagem agressiva em relação à 💥️inflação é fundamental para reverter o avanço de duas semanas do dólar, o que nem os US$ 2,1 bilhões em intervenção à vista e swaps desde 22 de abril conseguiu.
Apesar das recentes quedas, o real continua sendo a moeda de melhor desempenho neste ano.
O destino da moeda deve estar atrelado às palavras escolhidas para o comunicado sobre a decisão do 💥️Copom na quarta-feira, que pode deixar a porta aberta para mais aperto monetário.
A curva de 💥️juros atualmente precifica um aumento de 1 ponto porcentual nesta semana e mais 0,50 pp em junho. Qualquer coisa mais dovish do que isso provavelmente será mal recebida.
A decisão do BC “será importante para o desempenho do real no médio prazo”, disse Danny Fang, estrategista de câmbio do BBVA em 💥️Nova York. “A perspectiva da política monetária do BC é um pouco incerta, o que impacta a precificação do real.”
O BC sinalizou em março sua intenção de parar de aumentar a 💥️Selic já em maio, dizendo que o ciclo de um ano de aperto monetário era suficiente para trazer a 💥️inflação para a meta no próximo ano.
Apesar das recentes quedas, o real continua sendo a moeda de melhor desempenho neste ano (Imagem: REUTERS/Murad Sezer)
Mas os dados de preços ao consumidor acima do esperado divulgados desde então alimentou dúvidas não apenas sobre as perspectivas do BC, mas também sobre seus modelos de previsão.
Enquanto as autoridades veem a inflação diminuindo de 12% para 3,25% no próximo ano, a previsão média dos economistas é de 4,1%.
A preocupação com a alta da inflação elevou as taxas juro de longo prazo, com os contratos com vencimento em 2027 subindo 85 pontos base desde o início do segundo trimestre.
As taxas de curto prazo subiram muito menos, levando a ponta invertida da curva a se achatar.
Embora os investidores pareçam confortáveis com a pausa do BC após junho, grande parte da reação do mercado pode depender de como as autoridades justificam a parada.
Dizer que eles vão esperar para ver o impacto do aperto pode ser melhor recebido do que afirmar que a alta da Selic já é suficiente para trazer a inflação para a meta.
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