Defasagem do diesel chega a 25% e da gasolina a 19%, diz Abicom

Diesel

Para equiparar os preços com o mercado internacional a estatal teria que elevar o preço do litro do diesel em R$ 1,27 e da gasolina em R$ 0,78 (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

Com o 💥️câmbio e os preços de referência da 💥️gasolina e do óleo 💥️diesel no mercado internacional estabilizados em um patamar elevado, as defasagens em relação ao preços praticados no mercado interno pela 💥️Petrobras (💥️PETR4) continuam altas, com o diesel registrando uma diferença média de 21% e a gasolina de 17%, informa a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

Em alguns portos que balizam os preços da estatal, a defasagem do diesel chegou a 25% (Itaqui, Suape, Santos e Araucária) e da gasolina 19% (Araucária) na quinta-feira.

Já no porto de Aratu, na Bahia, Estado onde está localizada a Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, braço do fundo de investimento árabe Mubadala, a defasagem do diesel era de 5% e da gasolina de 10%, devido a reajustes semanais.

A Petrobras está há 57 dias sem reajustar os dois 💥️combustíveis. De acordo com entrevista exclusiva do presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), no início da semana, “no momento certo” o reajuste será feito.

Segundo a Abicom, para equiparar os preços com o mercado internacional a estatal teria que elevar o preço do litro do diesel em R$ 1,27 e da gasolina em R$ 0,78.

Na quinta-feira, porém, o presidente da República, 💥️Jair Bolsonaro, mandou recados explícitos para Coelho, como fazia com seus antecessores dias antes dos aumentos dos combustíveis.

O presidente chegou a antecipar o lucro da Petrobras no primeiro trimestre de 2022, que ainda não havia sido divulgado, e classificou os altos ganhos da empresa como um “estupro”.

Ele chegou a ameaçar o Brasil de quebra, em um eventual aumento por parte da empresa, principalmente do diesel, que afeta os caminhoneiros, apoiadores do presidente nas eleições de 2018.

Minutos depois, a estatal divulgou que lucrou R$ 44,5 bilhões no primeiro trimestre do ano. A alta se deveu principalmente ao preço elevado do petróleo no mercado internacional e ao aumento de margem de lucro no diesel.

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