Dólar fecha no menor patamar em um mês, com ânimo externo contagiando mercado local
O dólar à vista encerrou em baixa de 1,31%, a 4,8075 reais menor valor desde 22 de abril (4,8065 reais) (Imagem: unsplash/@alexandratimis)
O 💥️dólar (💥️USDBLR) engatou a terceira queda seguida e fechou pouco acima de 4,80 reais na sessão, após cair abaixo desse patamar ao longo da jornada, com as operações domésticas mais uma vez replicando a movimentação externa, que nesta segunda-feira foi de forte apetite por risco e de nova queda global da divisa norte-americana.
O dólar à vista encerrou em baixa de 1,31%, a 4,8075 reais menor valor desde 22 de abril (4,8065 reais).
Na mínima, desceu a 4,7855 reais, recuo de 1,76%.
Na máxima, subiu 0,19%, a 4,8805 reais.
Operadores domésticos espelharam o dia de fraqueza do dólar no exterior.
O índice da moeda dos 💥️EUA contra pares caía 0,84% no fim da tarde, queda acentuada para os padrões do índice, que aprofundava as perdas desde a máxima em 20 anos do último dia 13 para 2,8%.
As divisas emergentes saltavam 1%, para picos em pouco mais de um mês.
O banco espera dólar de 5,25 reais ao fim do ano (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo)
Investidores tentam retomar a confiança que há dias é golpeada por incertezas sobre os efeitos do aperto das políticas monetárias, da inflação elevada e das debilidades da economia chinesa sobre o crescimento global.
Mas, num sinal animador, os contratos futuros de minério de ferro de referência na 💥️China subiram cerca de 7% nesta segunda-feira, seguindo seu maior salto diário em dois meses e meio.
O 💥️minério de ferro é um dos principais produtos da pauta de exportação brasileira, e suas oscilações mexem nos termos de troca, variável que entra na conta de cálculos de taxa de câmbio de equilíbrio.
O real vem sendo destaque positivo entre seus principais pares. O dólar cai 6,5% no Brasil desde as máximas do último dia 12.
Com exceção do rublo russo contra o qual o dólar cai 10% no período, mas em meio a operações com interferência de controles de capital, o real tem o melhor desempenho dentre peso mexicano, peso colombiano, sol peruano, peso chileno, lira turca e rand sul-africano.
Do ponto de vista técnico, alguns indicadores apontam continuidade da queda do dólar. No fim da semana passada a moeda voltou a deixar para trás sua média móvel de 50 dias, sinal de maior pressão de venda.
Pelo MACD, que mistura médias móveis, a média curta segue abaixo da longa e sem sinal de reversão, indicativo de panorama de preços em baixa.
O índice de força relativa de 14 dias (IFR-14) uma medida de quão rápidas têm sido as oscilações de preços na taxa de 💥️câmbio ainda está em 40, acima, portanto, da linha de 30, abaixo da qual o 💥️dólar (💥️USDBLR) estaria barato demais o que poderia atrair compras.
À frente, no entanto, analistas ainda veem um cenário mais duvidoso para o real.
“Apesar de esperarmos um ciclo de alta da Selic mais longo do que no início de 2022, daqui para frente acreditamos que as últimas demonstrações de agressividade do Fed e a intensificação do ciclo eleitoral (no Brasil) acabarão pesando sobre o real e outros ativos locais”, disseram em nota os estrategistas do Rabobank Mauricio Une e Gabriel Santos.
O banco espera dólar de 5,25 reais ao fim do ano.
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