Dólar (USDBLR) à vista fecha em queda de 0,18%, a R$ 4,77
Na semana, a cotação avançou 0,83%, após três semanas consecutivas de queda nas quais acumulou baixa de 6,60% (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)
O 💥️dólar (💥️USDBLR) fechou em leve declínio nesta sexta-feira, suficiente para manter a moeda abaixo da marca psicológica de 4,80 reais, num dia sem direção comum nas praças cambiais do exterior após dados fortes de 💥️emprego nos 💥️EUA endossarem expectativas de mais altas de juros na maior economia do mundo.
O dólar à vista caiu 0,18%, a 4,7776 reais na venda.
A divulgação de números de 💥️emprego nos Estados Unidos monopolizou as atenções do mercado nesta sessão.
O relatório mostrou que a economia norte-americana adicionou 390 mil postos em maio, com a taxa de desocupação se mantendo em 3,6% pelo terceiro mês consecutivo.
Os dados vieram mais fortes do que a maioria das estimativas dos analistas e foram lidos como passe livre para o Fed seguir a elevar as taxas de 💥️juros no atual e historicamente alto ritmo de 0,50 ponto percentual.
O índice do dólar contra uma cesta de rivais de países desenvolvidos subia 0,4% no fim da tarde, ensaiando ganho de 0,5% no acumulado de uma semana marcada pelo retorno de temores acerca da 💥️inflação e dos efeitos de altas de juros sobre a economia global.
Nos três primeiros dias de junho, a moeda dos EUA tem alta somada de 0,49%. Em 2022, o dólar ainda recua 14,28% (Imagem: unsplash/@alexandratimis)
Logo após a divulgação do “payroll”, o dólar bateu a máxima da sessão, de 4,8325 reais, alta de 0,97%.
Nesse ponto a cotação foi a picos em mais de uma semana e ameaçou sua média móvel linear de 50 dias que, contudo, não foi rompida, movimento lido como sinal de esgotamento da pressão compradora.
Os vendedores então apareceram e recolocaram a divisa abaixo dos 4,80 reais, patamar considerado resistência técnica.
Ainda assim, o dólar fechou a semana em alta de 0,83%, após três semanas consecutivas de queda nas quais acumulou baixa de 6,60%.
Além dos eventos externos, o mercado de câmbio reagiu nos últimos dias a um noticiário doméstico mais ruidoso, que trouxe de volta especulações sobre novo decreto de calamidade pública.
Uma reedição desobrigaria o governo de cumprir metas fiscais, por exemplo, num contexto de medidas para forçar queda de impostos (como o 💥️ICMS) conforme o governo do presidente 💥️Jair Bolsonaro enfrenta uma inflação de dois dígitos e alta de juros em ano eleitoral.
“O efeito do projeto de queda eleitoreira do ICMS equivale a toda a reforma da Previdência. E ainda vamos ter mais… Quem criou a narrativa de que há excesso de arrecadação?”, comentou no 💥️Twitter o economista-chefe da Verde Asset Management, Daniel Leichsenring.
Nos três primeiros dias de junho, a moeda dos EUA tem alta somada de 0,49%. Em 2022, o dólar ainda recua 14,28%.
Na próxima semana, os mercados devem monitorar os números da inflação ao consumidor no Brasil, medida pelo IPCA, de maio, além da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e dados de preços nos Estados Unidos e na China.
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