A valiosa biodiversidade amazônica invisível a olho nu

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O que os olhos não veem: rica biodiversidade da Amazônia inclui micro-organismos que podem gerar moléculas úteis à agricultura, medicina e indústria alimentícia, entre outros (Imagem: Pixabay/ leondeniscf)

💥️Biodiversidade é uma polêmica tremenda que vai muito mais além de salvar bichos coloridos e fofinhos, disse o biólogo Brasulio Dias, ex-secretário da Convenção de Biodiversidade, à jornalista Dani Chiaretti, do 💥️Valor.

De fato, a biodiversidade vai além de ursos polares, pandas, baleias, tartarugas e tucanos. Tem muitos tamanhos, gêneros e valores. Tem a ver com milhões de espécies de seres vivos, um mercado de trilhões de dólares, enésimas oportunidades de negócios, o futuro do planeta.

“Não precisamos da biodiversidade só para ter oxigênio para respirar, água para beber, para os alimentos e para energia, mas também para os 💥️remédios”, diz Brasulio.

A advertência do biólogo me lembrou de uma entrevista que fiz em 2023 com o pesquisador Gilvan Ferreira da Silva, da unidade da 💥️Embrapa & Embrapa Empresa Brasileira de Pesquisa, na 💥️Amazônia Ocidental.

Biodiversidade inclui micro-organismos com potencial biotecnológico

Gilvan percorreu de barco quase sete mil quilômetros fluviais na Amazônia coletando 💥️micro-organismos para um projeto que ele conduz na Embrapa Amazônia Ocidental.

A coleta foi feita a cada 50 km, em quatro rios amazônicos: Madeira, Purus, Solimões e Juruá. Algumas viagens duraram mais de 30 dias.

O pesquisador agora está selecionando no laboratório 💥️fungos e 💥️bactérias com 💥️potencial biotecnológico. Eles podem gerar moléculas de interesse da 💥️medicina (remédios), da 💥️agricultura (defensivos biológicos para combater fitopatógenos) ou produzir 💥️enzimas para as indústrias têxtil, alimentícia e papeleira.

A 💥️bioeconomia da Amazônia vai além da madeira, peixes, açaí, babaçu, bacuri, cacau, castanhas, botos, jacarés, antas e capivaras. Ela está também nos micro-organismos que não são fofinhos e que a gente nem vê.

Mas não se pode confundir bioeconomia com 💥️extrativismo, como adverte Ricardo Abramovay, cientista político e sociólogo, autor de “Amazônia – por uma economia do conhecimento da natureza”.

Para Abramovay, a bioeconomia é, literalmente, a 💥️economia da vida. “Ela é um valor que deve estar na base de toda e qualquer decisão econômica, em qualquer região do mundo.”

💥️Bruno Blecher é sócio-diretor da Agência Fato Relevante e jornalista especializado em agronegócio e meio ambiente há 34 anos. Atuou como repórter, editor e diretor de veículos e canais como Globo Rural, Canal Rural, Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo.

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