Dólar (USDBLR) salta mais de 2% e engata 3° ganho semanal com temores sobre Fed

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A moeda norte-americana à vista saltou 2,35%, a 5,1460 reais, máxima para encerramento desde 9 de maio passado (5,1554 reais) (Imagem: Pixabay/webandi)

O 💥️dólar (💥️USDBLR) avançou mais de 2% frente ao real nesta sexta-feira, marcando uma terceira valorização semanal consecutiva com impulso da recente decisão do 💥️Federal Reserve de subir os 💥️juros dos 💥️Estados Unidos no ritmo mais intenso desde 1994, conduta que, além de tornar a moeda norte-americana globalmente mais atraente, elevou temores de uma recessão na maior economia do mundo, minando o apetite de investidores por risco.

A moeda norte-americana à vista saltou 2,35%, a 5,1460 reais, máxima para encerramento desde 9 de maio passado (5,1554 reais), o que configurou seu oitavo ganho diário em nove pregões.

A valorização percentual desta sexta foi a mais intensa desde a alta de 2,46% registrada na segunda-feira, que, por sua vez, foi a maior desde 2 de maio (+2,58%).

Na semana, encurtada pelo feriado de Corpus Christi na quinta-feira, o dólar avançou 3,14%, com os fortes ganhos de segunda e sexta mais que compensando a queda de 2,07% de quarta.

Na 💥️B3 (💥️B3SA3), às 17:22 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,71% no dia, a 5,1650 reais.

A política monetária foi o grande tema desta semana, com vários bancos centrais realizando reuniões que, no geral, explicitaram a maior urgência das autoridades monetárias para conter as persistentes pressões de preços que, apenas alguns meses atrás, muitos pensavam ser temporárias.

Nos EUA, o Federal Reserve elevou sua taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual na quarta-feira, aumento bem mais agressivo que o anteriormente esperado pelos mercados e que seguiu ajustes de 0,25 ponto em março e 0,50 ponto em maio.

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A moeda norte-americana ainda tinha firmes ganhos contra alguns pares do real, como dólar australiano (+1,5%) e peso chileno (+1,1%) (Imagem: unsplash/@alexandratimis)

Temores de que um eventual ambiente monetário restritivo nos EUA se some a desafios exógenos como a guerra na 💥️Ucrânia e medidas de combate à 💥️Covid-19 na 💥️China e provoque uma recessão levaram a uma onda de mau humor nos mercados globais na véspera.

“Ontem foi um dia bem ruim para ativos arriscados, e os mercados estavam fechados aqui por conta do feriado”, disse à Reuters Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho. “O real está fazendo o ‘catch up’ (ajuste), incorporando a dinâmica ruim do mercado e os temores de recessão (nos EUA) no preço.”

O comportamento do mercado de 💥️câmbio local também refletiu o salto de mais de 0,7% do índice do dólar contra uma cesta de rivais fortes nesta tarde.

A moeda norte-americana ainda tinha firmes ganhos contra alguns pares do real, como dólar australiano (+1,5%) e peso chileno (+1,1%).

“Os rendimentos globais crescentes… permanecem como fator negativo para o apetite por risco e para fluxos de capital a mercados emergentes sensíveis ao crescimento”, disse o Bank of America em relatório desta sexta-feira sobre o mercado global de câmbio.

“Rendimentos reais mais altos e volatilidade de dados fundamentais também estariam associados a maior volatilidade nos mercados, o que reduz o apelo do ‘carry’ (retorno)” de moedas de países emergentes, avaliou o banco norte-americano.

Rostagno, do Mizuho, diz perceber movimentos nesse sentido no Brasil. “A taxa Selic elevada ajuda a aumentar a atratividade do real pra operações de ‘carry’, que buscam explorar diferencial de juros entre os países, mas esse efeito é limitado nesses momentos de maior aversão a risco global, porque aí investidores tiram recursos de países emergentes.”

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Rostagno espera que o ambiente externo arisco mantenha o dólar acima da marca psicológica de 5 reais ao longo da segunda metade deste ano (Imagem: REUTERS/Murad Sezer)

Os juros nominais básicos brasileiros estão em 13,25% ao ano, depois que o Banco Central elevou a 💥️Selic, na última quarta-feira, em 0,50 ponto percentual, em linha com as expectativas do mercado.

A autarquia sinalizou novo ajuste nos custos dos empréstimos, de igual ou menor magnitude, na reunião de política monetária de agosto.

Com o desempenho desta sexta-feira que alguns participantes do mercado também relacionaram ao tombo do Ibovespa, que fechou abaixo dos 100 mil pontos pela primeira vez desde novembro de 2023, o dólar à vista reduziu as perdas acumuladas em 2022 para 7,67%, ficando 11,69% acima da mínima de encerramento neste ano, de 4,6075 reais, atingida no início de abril.

Rostagno espera que o ambiente externo arisco mantenha o dólar acima da marca psicológica de 5 reais ao longo da segunda metade deste ano, que também trará como desafio as eleições presidenciais brasileiras.

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