Petrobras (PETR4): “Diminuímos bastante a exposição no último mês”, diz gestor
Boselli vê com preocupação a mudança da Lei das Estatais, que ganha fôlego no Congresso encabeçada por Arthur Lira
O risco político na 💥️Petrobras (💥️PETR3;💥️PETR4) ganhou força e gestores, que há pouco viam na empresa a “galinha de ovos de ouro” da Bolsa, com seus altos 💥️dividendos, agora já começam a se preocupar com ameaças sobre a tese da empresa.
Essa é o caso da💥️ 3R Investimentos, do gestor Rodrigo Boselli. Segundo ele, apesar da ação ainda estar barata e com perspectiva de pagar proventos, hoje ela carrega mais riscos.
“Ela é muito barata e descontada. Nós temos no fundo [de ações], mas diminuímos bastante a exposição na virada do mês, principalmente por conta da eleição e de uma mudança de comportamento por parte do governo sendo mais contundente e se mostrando mais preocupado com o tema dos combustíveis”, argumenta.
Boselli vê com preocupação a possibilidade de mudança da Lei das Estatais, que ganha fôlego no 💥️Congresso encabeçada pelo presidente da Câmara, 💥️Arthur Lira.
“Dependendo do que for mudando, por exemplo, se você tirar a questão de responsabilização dos executivos e dos conselheiros para os acionistas minoritários, prejudica a tese de investimento de qualquer empresa estatal. Você abre a possibilidade dos erros do passado voltarem a ocorrer”, argumenta.
O gestor acredita que, apesar dos ruídos e da volatilidade, o arcabouço legal criado pela Lei das Estatais e pelo estatuto da empresa estão funcionando bem.
“Na primeira troca, quando o 💥️Castello Branco saiu e entrou o 💥️Silvia e Luna, pensou-se que iria mudar a política de preços e passados algum tempo. Foi verificado que não era aquilo que estava acontecendo. Tudo continuou funcionando como antes”, coloca.
Ele lembra ainda do fator Lula, já que o candidato, que lidera as pesquisas, já afirmou que pretende “tropicalizar” os preços dos combustíveis.
Já o CEO Finacap, Luiz Fernando, diz que sempre conviveu com esse risco.
“Investimos na empresa há muitos anos. Só saímos em 2010, quando a empresa ficou cara. E agora aconteceu o inverso, com o petróleo subindo e a ação caindo. A empresa continua muito descontada. Hoje os fundamentos estão mais baratos, enquanto o cenário macroeconômico é mais favorável”, diz.
Sobre a Lei das Estatais, ele a classifica como um “marco”. “O grande receio é justamente a mudança da Lei das Estatais. Não temos convicção que vai mudar essa lei. Muito coisa já estipulada na Lei da Sociedade. Não vemos tanta chance de passar. Mas tudo é possível em época de eleição”, completa.
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