Brasil está blindado do caos aéreo na Europa; entenda como está o setor de aviação

Aeroporto de Denver nos Estados Unidos

Europa sente falta de funcionários no setor de aviação. (Imagem: REUTERS/Kevin Mohatt)

O tempo fechou nos aeroportos europeus: a alta demanda entrou em choque com a falta de funcionários das 💥️companhias aéreas e criaram um verdadeiro caos em pleno verão – um dos períodos mais movimentados no continente.

O resultado disso são voos cancelados ou atrasados, bagagens extraviadas, falta de funcionário no raio-x e passageiros sem orientação de quando eles vão viajar.

Tudo começou quando funcionários da 💥️British Airways e da 💥️Ryanair anunciaram, na sexta-feira (24), uma 💥️greve de três dias exigindo 💥️melhores condições de trabalho. Isso inflamou os ânimos das demais tripulações: os funcionários das companhias que trabalham na 💥️Espanha, 💥️França, 💥️Bélgica, 💥️Portugal e 💥️Itália, além da Brussels Airlines, subsidiária da 💥️Lufthansa, também aderiram ao movimento.

Novas paralisações já estão marcadas para os próximos dias em diferentes países europeus.

Além disso, a demanda no setor de turismo estava represada por causa das medidas restritivas para controlar o avanço do 💥️coronavírus. Por outro lado, as 💥️companhias aéreas precisaram demitir os colaboradores durante o período de redução nos voos – o setor perdeu mais de 2 milhões de empregos durante a pandemia.

Ou seja, a busca por passagens aéreas foi mais rápida do que a recomposição do quadro de funcionários.

A 💥️Lufthansa, por exemplo, anunciou o cancelamento de mais de 3 mil voos por causa da falta de tripulação – os poucos que estavam trabalhando estão de licença após uma onda de contaminações pela Covid. Já a 💥️British Airways reduzirá 10% dos voos até outubro.

O diretor de segurança e operações de voo da 💥️Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Ruy Amparo, destaca que quando as 💥️companhias aéreas começaram a demitir na 💥️Europa, houve uma fuga dos profissionais do setor de aviação para outros setores.

“Os comissários de bordo, por exemplo, ganharam espaço na hotelaria, porque falam mais de um idioma e têm experiência com atendimento. As equipes de manutenção também foram atuar com trem, metrô e ônibus. Então, as 💥️companhias aéreas precisam recuperar essas pessoas”, afirma. Ele ainda lembra que a retomada de um piloto, pode levar de 4 a 6 meses.

E o Brasil com isso?

Só no Aeroporto de Guarulhos, por semana, acontecem pelo menos cem voos ligando 💥️Europa e 💥️Brasil. Então, os viajantes podem perceber um atraso nos voos e dificuldades lá nos aeroportos europeus. No entanto, essa crise não deve atingir o 💥️Brasil.

De acordo com o presidente do 💥️Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Henrique Hacklaender, a sobrecarga na demanda e falta de tripulação não é um problema para o nosso mercado.

“A gente tem uma margem de tripulantes no mercado prontos para assumir qualquer demanda crescente, por causa do fechamento da Avianca e da Itapemirim. E as empresas brasileiras ainda não atingiram o mesmo nível de demanda que tinham antes da pandemia.”

De acordo com os dados compartilhados por Ruy, em julho, as decolagens de voos domésticos devem atingir 90% do patamar do mesmo período em 2023. Já nos voos internacionais, a demanda ainda está baixa: o patamar ainda está em 59%, porque as restrições sanitárias diferentes para cada país atrasaram a retomada das operações.

Além disso, por aqui, o setor é mais aquecido no final do ano, durante o período de festas e as férias de verão. “As vendas para esse período começam entre agosto e setembro, então as empresas têm tempo de se preparar”, diz Ruy.

Agora, no quesito condições de trabalho, a história é outra: em média, 60% do 💥️salário dos tripulantes é variável – depende da ponte aérea, distância, horário, entre outros fatores. Durante a pandemia, a redução dos voos obrigou o grupo a viver com só com o salário fixo. E para não demitir, as companhias aéreas chegaram a fazer acordos de redução de até 70% desse valor.

Esse foi o motivo que levou a categoria a votar a favor de uma greve em novembro do ano passado. Na época, o grupo aceitou um acordo de reajuste de 75% do 💥️Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses na parte fixa e variável do salário. Além de 100% do INPC dos últimos 12 meses nas diárias de alimentação nacionais e vale-alimentação.

Apesar do acordo, Henrique ressalta que a insatisfação continua, uma vez que os salários continuam baixos. “A categoria teve uma redução salarial brusca durante uns 18 meses e já existe uma mobilização para novas negociações.”

O 💥️Money Times entrou em contato com as 💥️companhias aéreas brasileiras que possuem voos para a Europa. Tanto a 💥️Latam quanto a 💥️Azul informaram que, até o momento, não tiveram impacto nas operações. A 💥️Gol, por sua vez, não atende o continente europeu.

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