CCR (CCRO3) e EcoRodovias (ECOR3): O impacto da falta de reajuste no pedágio em SP, segundo a XP
CCR e a EcoRodovias estão igualmente expostas às concessões de SP (Imagem: Reprodução/ YouTube da CCR)
O anúncio realizado nesta quinta-feira (30) pelo governo de São Paulo (SP) de que 💥️não haverá reajuste nas tarifas de 💥️pedágio este ano impacta negativamente a 💥️CCR (💥️CCRO3) e 💥️EcoRodovias (💥️ECOR3), segundo a 💥️XP Investimentos.
Os reajustes seriam de 11,73%. O governador do Estado, Rodrigo Garcia, destacou que a decisão foi uma resposta ao aumento dos preços dos combustíveis e que os contratos de concessão serão reequilibrados.
A XP vê a notícia como negativa do ponto de vista regulatório e de fluxo de caixa, com o caixa de ambas as empresas pressionado no curto prazo. Em relação a ✅valuation, a corretora é neutra, “pois é intenção do governo reequilibrar totalmente os contratos daqui para frente”.
De acordo com Pedro Bruno e Lucas Laghi, que assinaram o relatório da XP, a CCR e a EcoRodovias estão igualmente expostas às concessões de SP.
“As operações das empresas têm grande exposição ao Estado, 46% do Ebitda de 2023 para CCR e 43% para EcoRodovias. Portanto, acreditamos que ambas devem ter um impacto relevante no fluxo de caixa resultante da medida”.
As 💥️ações da CCR abriram em queda de 0,87%, a R$ 5,70, enquanto as da EcoRodovias recuavam 2,26%, a R$ 12,53. O Ibovespa também opera no negativo.
Nem tudo é ruim
As analistas da XP veem como positivo o fato de a EcoRodovias ter feito um 💥️aditivo contratual para a 💥️Eco135, adicionando R$ 230 milhões em novos investimentos, em obras no anel viário de Montes Claros.
“A EcoRodovias será remunerada a 8,47% reais desalavancados, via 30 meses de outorga perdida (R$ 244 milhões) e redução de capex (investimento) em outro trecho (R$ 44 milhões)”.
A XP estima um impacto de valor presente líquido (VPL) para a EcoRodovias “relativamente pequeno, menos de 1% do valor de mercado da companhia”.
Reequilíbrio financeiro com auxílio da ABCR
Bruno e Laghi acreditam que as empresas contaram com o auxílio da Associação Brasileira de Concessões Rodoviárias (ABCR), para tentar negociar com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e com o governo um reequilíbrio de caixa, e não, via extensão de contrato.
“Isso ajudaria a recompor o fluxo de caixa das concessões e seria especialmente importante para as empresas mais alavancadas do setor. Caso não seja via pagamento à vista, esperamos reequilíbrio através dos outros métodos conhecidos do setor”, pontuam os analistas.
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