PEC dos benefícios pode pressionar ainda mais a inflação
A proposta fura o teto de gastos, comprometendo a política fiscal e pressionando ainda mais a 💥️inflação.(Imagem: Shutterstock)
O 💥️Congresso está discutindo a proposta de emenda constitucional (PEC) dos benefícios – que também está sendo chamada de PEC das bondades ou Kamikaze. Independentemente do nome, a questão é que a proposta prevê R$ 41,25 bilhões para ampliação de benefícios sociais.
Entre os benefícios, estão a expansão do Auxílio Brasil e do vale-gás de cozinha, a criação de auxílios aos caminhoneiros e taxistas, e a gratuidade de transporte coletivo para idosos.
O problema é que a proposta fura o teto de gastos, comprometendo a política fiscal e pressionando ainda mais a 💥️inflação – que está em 11,73% no acumulado dos últimos 12 meses.
“Aumentar os gastos públicos sem reduzir em outras áreas é muito ruim. Porque mostra um descontrole fiscal enorme”, afirma Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb. Ele ainda destaca que esse tipo de medida pode, inclusive, afastar investidores. “O mercado entende que o governo não tem capacidade de ajustar suas contas e deixa de investir no país. Isso impacta o 💥️câmbio”
A 💥️XP Investimentos também defende que o risco fiscal está se intensificando. Em seu relatório, o banco destacou que as pressões sobre teto de gastos devem se ampliar. “Se a elevação dos valores do Auxílio Brasil for mantida, cenário que consideramos mais provável, a regra do teto de gastos se tornará praticamente inviável no próximo ano.”
Também é esperado um aumento da dívida pública, por mais que a projeção fosse de projetada uma queda em 2022 – puxada pela combinação entre resultado primário positivo, crescimento mais forte do PIB nominal e alguma apreciação cambial. “Em função dos projetos aprovados e em discussão, revisamos nosso cenário e passamos a prever déficit para o setor público e deflator mais baixo, afetando o crescimento do PIB nominal.”
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