Para gourmets bem de vida, azeite brasileiro já quebra a resistência que o vinho vem tentando

Olivais no Brasil ampliam produção e tecnologia em MG e RS (Imagem: Unsplash/@davidboca)

A diminuta e jovem produção nacional de 💥️azeite guarda uma semelhança e uma diferença com a muito mais volumosa e longeva de 💥️vinhos tintos.

Está oferecendo produtos elaborados a níveis de países mediterrâneos e conquistando prêmios internacionais & como o gaúcho Potenza Blend e o paulista Sabiá Blend Especial -, que podem ajudar o consumidor a testar a experiência deixando de lado a percepção custo-benefício na relação com o importado, puxando o setor como um todo.

💥️Como está ocorrendo com o vinho tinto nos últimos anos, fora os brancos e espumantes nos quais o Brasil tem mais fama, como já foi destacado em Money Times.

Segundo especialistas, algumas premiações reconhecidas mundialmente têm ajudado o tinto nacional sair da zona de comparação quando bate nos R$ 100 a garrafa, por exemplo, o que faz os consumidores medianos optarem pelo importado argentino ou chileno – mais próximos desses valores – por possuírem maior tradição.

A diferença do azeite é que a vitivinicultura está desenvolvida desde o início do século XX e a produção de cabernet, malbec, merlot e syrah (de menor volume) de classe tem aproximadamente duas dezenas de anos.

O setor ficou preso à condição de produção comercial de baixo custo e qualidade duvidosa, salvo ilhas de tradição no Rio Grande do Sul que ainda não possuíam escala produtiva.

Já a olivicultura ainda engatinha, na produção de azeitonas, na pesquisa e no produto final, mas procura já se situar no nicho de produtos premiuns.

Por um lado, porque que a maior parte da produção ainda se situa no nível do artesanal, o que favorece a produção mais dedicada enquanto cresce o nível de conhecimento adquirido na cadeia, das azeitonas mais adaptadas à formação de mestres de lagar (nome histórico que designa as instalações de extração na Europa). 💥️Assolive, que reúne produtores mineiros, está em uma dessas frentes de apoio ao desenvolvimento.

Maturação produtiva

E por outro, dada a bem menor disponibilidade de terras e climas propícios para a plantação de oliveiras, que, ainda por cima, levam alguns anos para se tornarem produtivas. A pequena fronteira agrícola sempre será fator limitante à larga escala produtiva.

Desse modo, nos contrafortes da Serra da Mantiqueira, entre o Sul de Minas – onde o centro produtivo mais conhecido é em torno de Maria da Fé -, e uma pequena parte de São Paulo, e nas colinas suaves da Serra dos Tapes e de Encruzilhada do Sul, no Rio Grande do Sul, os produtores buscam seu espaço.

De lá saíram, respectivamente, o Sabiá Blend Especial, da Fazenda Campo Alto, na paulista Santo Antônio do Pinhal, que ficou em 10º lugar na premiação espanhola Evooleum Awards, e o mais recente Potenza Blend, da Fazenda Serra do Tapes, medalha de ouro no Concurso Mundial de Azeites, de Nova York.

Ambos, como as outras marcas, acima de R$ 80 a garrafa, em um mercado que consome 70 milhões de litros por ano e importa 98%, conta a Embrapa. É o segundo maior importador mundial, mas com índices insignificantes de consumo no rateio proporcional de uma população pobre.

Daí, igual ao vinho de categoria, a quebra da imagem de que pelo preço é melhor comprar o importado, ainda vai levar muito mais tempo para sair do nicho de apreciadores bem de vida, que vão encontrar essas marcas de azeite brasileiro em lojas especializadas e empórios gourmets.

Entregar qualidade, entregam pelo menos.

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