Enquanto commodities caem, Magazine Luiza (MGLU3) salta 11%. É a volta das ações de consumo?

Ações de varejo

Ação do Magazine Luiza é destaque de alta do Ibovespa nesta terça-feira (12) (Imagem: Shutterstock)

O 💥️Ibovespa entrou no segundo semestre do ano refém da dinâmica global ruim e arrastado pelas 💥️commodities.

A mudança na Bolsa brasileira se torna mais clara conforme aumentam as preocupações quanto a uma potencial recessão nos Estados Unidos, com ações de 💥️petroleiras, mineradoras e siderúrgicas passando por um momento de pressão baixista, refletindo a queda dos preços do 💥️petróleo e do 💥️minério de ferro.

Enquanto isso, papéis fortemente penalizados pela inflação e taxa de juros elevadas voltaram a mostrar movimentações positivas.

Nesta terça-feira (12), as ações dos varejistas 💥️Magazine Luiza (💥️MGLU3), 💥️Americanas (💥️AMER3) e 💥️Via (💥️VIIA3) lideraram as altas do Ibovespa. O Magalu saltou 11,41%, a R$ 2,93, enquanto a Americanas e a Via registraram ganhos de 8,26% e 9,44%, respectivamente.

As três empresas fecharam a última semana com valorizações superiores a 20%, apoiadas pela tendência de queda das commodities.

Reversão na Bolsa?

O movimento dos últimos pregões faz questionar se a retomada de setores que caíram muito no último ano (além de varejo, 💥️tecnologia e 💥️serviços) está acontecendo agora.

Na opinião de Isabel Lemos, gestora de ações da Fator Administração de Recursos, a atual troca (ou, pelo menos, redução) de commodities por ativos de setores mais penalizados pelos juros parece interessante.

Lemos explica que, olhando para o médio/longo prazo, à medida que a aversão a risco e as variáveis que penalizaram as ações & em especial, a inflação & forem minimizadas, os papéis tendem a retomar.

O conflito que se instaura no leste europeu fez com que os preços se distorcessem e ficassem acima das projeções do mercado. E, para Lemos, não é normal que as commodities se mantenham nos níveis atuais.

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O tombo reflete a precificação de algumas mudanças operacionais na empresa, mas também da leitura negativa do mercado sobre a taxa de juros & um movimento considerado demasiado pela gestora da Fator.

Saindo do período mais crítico da pandemia do coronavírus, quando as ações de crescimento foram bastante beneficiadas, investidores estão preocupados com a capacidade das empresas de manter a força que mostraram na época dos ✅lockdowns.

“As ações que dispararam durante o rali da pandemia foram algumas das maiores perdedoras na desaceleração deste ano, uma reversão que sinaliza as preocupações dos investidores com os valuations de muitos ativos de risco e as perspectivas de inflação e crescimento”, comenta o BTG.

As perspectivas do banco para o setor no curto prazo são mais pessimistas.

“As perspectivas de crescimento dificilmente serão precificadas antecipadamente, e o foco se voltou para rentabilidade em vez de crescimento a qualquer custo”, explica.

O BTG tem, no entanto, recomendação de compra para as ações do Magazine Luiza, acreditando que o varejista evoluirá como um ecossistema nos próximos anos com o suporte das últimas aquisições, principalmente em logística e monetização de tráfego.

O preço-alvo de R$ 7 estipulado pelo banco para o fim de 2022 implica um potencial de valorização de aproximadamente 166% em relação ao preço do último fechamento, de R$ 2,63.

A Ativa continua cautelosa com o setor de 💥️e-commerce. Além do ambiente macro desafiador, a corretora destaca a dinâmica competitiva “muito acirrada” no segmento depois que players internacionais (💥️Amazon, 💥️Shopee) chegaram ao mercado brasileiro.

“Enquanto se movem na direção de adquirir uma fatia maior do mercado, [os players internacionais] vão causando pressões nos players já estabelecidos, como 💥️Mercado Livre, Americanas e Magalu”, complementa.

No setor de consumo, a Ativa tem preferência por empresas que estão conseguindo enfrentar o cenário atual, com marcas fortes e capacidade de repasse de custos. Nomes do setor de moda voltados para o segmento de alta renda são a sua principal escolha.

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💥️Disclaimer

O 💥️Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

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