Dólar supera R$ 5,40 e vai à máxima desde janeiro com exterior
O dólar à vista subiu 1,27%, a 5,4394 reais na venda (Imagem: unsplash/Giorgio Trovato)
O 💥️dólar voltou a subir mais de 1% nesta terça-feira e rompeu mais uma resistência psicológica ao fechar acima de 5,40 reais, nos valores máximos desde janeiro, com o clima externo avesso a risco mais uma vez impulsionando a busca pela segurança da moeda norte-americana antes de aguardados dados de 💥️inflação nos 💥️EUA previstos para esta quarta-feira.
O dólar à vista subiu 1,27%, a 5,4394 reais na venda, com a moeda brasileira entre os piores desempenhos globais da sessão. Na véspera, a cotação havia encerrado em 5,3713 reais.
O patamar de fechamento é o mais elevado desde 24 de janeiro (5,507 reais). Em dois dias consecutivos de alta, a moeda saltou 3,23%, maior aumento para o período em um mês.
Em julho, o dólar já sobe 3,98%, reduzindo a queda em 2022 para 2,41%. A cotação chegou a acumular queda de 17,33% no ano ao fechar em 4 de abril valendo 4,6075 reais. Desde então, o dólar disparou 18,06%.
A terça-feira começou mais uma vez sob a batuta de um dólar globalmente fortalecido. Um índice da moeda frente a uma cesta de rivais alcançou mais cedo nova máxima em 20 anos, enquanto o euro mergulhou rumo à paridade ao descer a 1,00005 dólar.
A divisa comum até saiu das mínimas, mas o clima seguiu de fuga de risco, o que se refletiu em nova desvalorização de taxas de câmbio de países emergentes e declínio nos mercados de ações.
As 💥️moedas dos vizinhos 💥️Chile e 💥️Colômbia afundaram as novas mínimas recordes, sob peso da derrocada das commodities. Isso tem pressionado os ativos da 💥️América Latina como um todo, que por meses surfaram no rali das matérias-primas.
“Os riscos de recessão estão minando o último bolsão de resiliência entre as moedas de commodities de mercados emergentes”, disseram profissionais do Bank of America em nota, segundo os quais as posições em moedas latino-americanas parecem “mais vulneráveis” a um desmonte de fluxos de “real money” (fundos de pensão, por exemplo, com alocações mais de longo prazo).
Apesar das forças ascendentes para o dólar, o 💥️BTG Pactual ainda vê a moeda fechando este ano em 4,80 reais & queda de 11,75% frente ao encerramento desta terça& , mas faz ressalvas.
Segundo profissionais do banco, a taxa de câmbio tem depreciado desde junho na esteira de um movimento global de valorização do dólar, num movimento agravado no caso brasileiro pelo debate de novos estímulos fiscais e subsídios aos combustíveis que, na percepção do mercado, aumentou o risco fiscal.
“O mercado pode levar algum tempo para assimilar e aceitar uma nova âncora fiscal, o que pode afastar a taxa de câmbio do valor de 4,80 reais por dólar, para um patamar mais próximo aos valores do início de julho (acima de 5,30 reais)”, disse o BTG em relatório macro de julho, assinado por economistas e sob chefia de Mansueto Almeida, ex-secretário do Tesouro Nacional.
“Reconhecemos que a probabilidade desse cenário (de dólar a 4,80 reais) tem diminuído com a elevação do risco fiscal e a deterioração do cenário internacional”, finalizaram os profissionais do banco.
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