Alta de juros na Europa pode intensificar fuga de capital no Brasil; entenda
Por mais que a 💥️Europa não seja o principal parceiro econômico do Brasil, uma alta nos 💥️juros na Zona do Euro afeta a economia brasileira. (Imagem: REUTERS/ Ralph Orlowski)
Na quinta-feira (21), o💥️ Banco Central Europeu pode elevar a sua taxa de 💥️juros pela primeira vez em 11 anos para tentar controlar a inflação, que atingiu a sua máxima histórica. Em junho, o 💥️Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) foi de 8,6% em 12 meses.
No mês passado, o 💥️BCE sinalizou que planejava um reajuste para setembro. No entanto, a expectativa do mercado é que o aperto monetário chegue um pouco antes – mesmo que em doses moderadas de 0,25 ponto percentual a 0,5 pp.
Por mais que a 💥️Europa não seja o principal parceiro econômico do 💥️Brasil (a 💥️China e os 💥️Estados Unidos estão na frente), uma alta nos 💥️juros na 💥️Zona do Euro afeta a economia brasileira.
De acordo com André Damasio, assessor de investimentos especialista em renda variável da WIT Invest, a alta nos 💥️juros vai gerar uma desvalorização do 💥️euro. Vale lembrar que a moeda já está em movimento de queda, tanto que na semana passada ela atingiu a paridade com o 💥️dólar pela primeira vez em 20 anos. E a valorização do dólar vai chamar a atenção do mercado.
“Em cenário de investimentos, um movimento global de subida de 💥️juros leva os investidores a migrarem de 💥️renda variável para a 💥️renda fixa. Além disso, os investidores vão buscar por locais mais seguros. Por isso, acontece uma fuga de capital de países emergentes para países desenvolvidos com moedas mais fortes. E nós vamos ver essa fuga se intensificar, principalmente para os Estados Unidos”, afirma.
Além disso, André destaca que vai pesar no mercado o comportamento do 💥️BCE. “É um dos maiores Bancos Centrais do mundo reconhecendo a crise inflacionária, reconhecendo que não está conseguindo lidar com as altas nos preços e que está à beira de uma 💥️recessão.”
E esse cenário de deterioração da economia europeia deve se manter por um tempo, porque o 💥️BCE tem um histórico de agir mais tarde que os seus pares. As decisões da autoridade monetária costumam ser mais brandas porque envolvem muitos países com indicadores e economias diferentes. “Eles não podem fazer manobras bruscas, porque países com a situação de dívida mais delicada, como 💥️Espanha, 💥️Grécia e 💥️Itália, podem afundar”.
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