Vale (VALE3) avalia que licenciamentos estão mais “sofisticados” e lida com atrasos
Em teleconferência com analistas para comentar os resultados trimestrais, Spinelli disse que tais padrões mais rigorosos são vistos também na Amazônia, onde a companhia atua na região de Carajás (Pará) (Imagem: REUTERS/Washington Alves)
A mineradora 💥️Vale (💥️VALE3) avaliou nesta sexta-feira que os processos de licenciamento estão mais “sofisticados”, disse o principal executivo da divisão de ferrosos da empresa.
Essa situação é um desafio para a velocidade de implantação de novos projetos e aos planos da companhia de obter mais flexibilidade produtiva.
“Os processos de licenciamento ambiental no 💥️Brasil e, na verdade, em outras partes do mundo, estão ficando mais sofisticados, acho que esta é a melhor palavra para explicar”, disse vice-presidente executivo de Ferrosos da Vale, Marcello Spinelli, ao responder questão de analista sobre gargalos enfrentados pela companhia.
O processo de licenciamento mais lento está entre os fatores que levaram a mineradora a revisar para baixo seu guidance de produção da commodity, para um intervalo de 310-320 milhões de toneladas para 2022 (o anterior era de 320-335 milhões de toneladas).
Os procedimentos ficaram mais rigorosos após o desastre de 💥️Brumadinho (MG), que gerou uma série de restrições produtivas e colaborou para a Vale perder o posto de maior produtora de minério de ferro do mundo para a Rio Tinto.
Em teleconferência com analistas para comentar os resultados trimestrais, Spinelli disse que tais padrões mais rigorosos são vistos também na 💥️Amazônia, onde a companhia atua na região de Carajás (💥️Pará), onde está seu principal complexo minerário.
“No Norte, é o mesmo, estamos dentro da Amazônia, estamos fazendo as melhores análises para garantir que temos segurança e a sustentabilidade na nossa área de ação na Amazônia”, disse, citando investimentos e trabalho mais próximo de autoridades para agilizar processos.
Ele afirmou que está “pessoalmente engajado no processo”.
“Essa é a realidade, e temos de trabalhar duro junto às agências para garantir que estamos fazendo a melhor coisa no processo de licenciamento.”
S11D
O executivo destacou como “grande notícia” a obtenção neste mês da licença de instalação para o projeto Serra Sul 120, o que vai permitir o início da “implementação” do empreendimento que consiste em aumentar a capacidade da mina-usina no S11D, no Pará, em 20 milhões de toneladas ao ano.
O início do projeto, antes previsto para a primeira parte de 2025, foi postergado para o segundo semestre daquele ano, devido ao replanejamento das obras em função de atrasos no licenciamento, informou a Vale em seu relatório financeiro na véspera.
Na Serra Norte, a Vale disse que o projeto Gelado, com capacidade de produção de 10 milhões de toneladas ao ano, está na reta final de construção e licenciamento para início da operação da primeira fase no último trimestre de 2022.
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