Pré-Mercado: Uma semana decisiva para o ritmo dos mercados globais
Os investidores estão preparados para receber o Simpósio de Jackson Hole nesta semana | The Mandalorian (2019 – presente)
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Trade do Dia
Por Nilson Marcelo, analista quantitativo de ações da Vitreo
Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant & compra dos papéis da Irani Celulose (RANI3).
RANI3: [Entrada] R$ 7.31; [Alvo parcial] R$ 7.54; [Alvo] R$ 7.88; [Stop] R$ 6.91; [Ganho esperado] 7.80%
“O desempenho do ativo em diversas janelas temporais indica a possibilidade de ganhos no curto prazo com o rompimento da máxima do dia anterior.”
Recomendo a entrada na operação em R$ 7.31, um alvo parcial em R$ 7.54 e o alvo principal em R$ 7.88, objetivando ganhos de 7.8%.
O stop deve ser colocado em R$ 6.91, evitando perdas maiores caso o modelo não se confirme.
Aproveito para convidá-lo a se inscrever no meu canal do YouTube. Todas as quintas-feiras, a partir das 19h30, converso com Robert Machado sobre análise quant, estratégias e perspectivas futuras para quem opera swing e day trade. O link é esse aqui (https://www.youtube.com/channel/UCmSM_RN_qhOYGGLzbpF43kA). Participe também do grupo do Telegram (t.me/topgrafx) e fique por dentro de todas as recomendações.
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Observações sobre a operação:
& Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.
& Caso haja um gap inferior ao alvo parcial, considerar este como novo preço de entrada. Caso haja um gap superior ou igual ao alvo parcial, a operação não deve ser iniciada.
& Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.
& Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação não deve ser iniciada.
Vale lembrar que investimentos em renda variável estão sujeitos a riscos de perda.
💥️Bom dia, pessoal!
Lá fora, o humor não é dos melhores. Os mercados asiáticos começaram a semana em queda, acompanhados agora pelos ativos europeus, que também caem, e pelos futuros americanos. Os próximos dias não serão triviais, uma vez que precisaremos responder à seguinte pergunta: estamos em um novo mercado de alta? Ou isso é apenas um rali do mercado de baixa (“bear market rally”) que se dissipará em breve e levará a novas mínimas?
Enquanto a China representa grande fonte de preocupação global, em função do risco de desaceleração, os investidores ocidentais devem se dedicar nos próximos dias ao Simpósio de Jackson Hole, nos EUA, que contará com inúmeras autoridades monetárias mundiais, e com os dados de gasto do consumidor americanos, na sexta-feira — o PCE é a medida preferida do Fed para balizar sua decisão de política monetária.
A ver…
Dando um gás na campanha eleitoral
No Brasil, os próximos dias serão interessantes. Se semana passada marcou o início oficial da campanha eleitoral, dia 26 marcará o começo da propaganda eleitoral no rádio e na TV, processo que deverá dar um gás à eleição, polarizando ainda mais o ambiente — as entrevistas no Jornal Nacional com os principais candidatos começam hoje, sendo que dia 28, em tese, teríamos o primeiro debate presidencial na Band.
Enquanto o processo eleitoral tem lá seu charme para chamar a atenção dos investidores, teremos também a apresentação da prévia oficial de inflação de agosto, o IPCA-15 do mês, que poderá marcar nova deflação, abrindo espaço para que o último ajuste do Banco Central, para 13,75% ao ano de Selic, tenha de fato sido o final do ciclo de aperto monetário que vivemos.
Entre altas e baixas
O pessimismo do primeiro semestre de 2022 pareceu durante boa parte das últimas semanas uma memória de um passado distante. Uma série de dados robustos de emprego e inflação, resultados do segundo trimestre não tão ruins quanto o temido e uma retração nos preços das commodities são os catalisadores positivos que proporcionam um sentimento dos investidores mais saudável.
Agora, porém, os investidores parecem temer que os ruídos voltem sobre os ativos de risco. Afinal, a guerra na Ucrânia continua, a inflação segue descontrolada, ainda que possa dar sinais de desaquecimento em algumas regiões do mundo, e o Fed ainda parece querer permanecer com sua postura dura perante a inflação. Hoje, mesmo os otimistas admitem que a inflação está longe de ser domada, o ciclo de aperto do Fed continuará e o crescimento econômico certamente desacelerará.
Para a semana, o foco dos investidores estará em Jackson Hole e no tom dos membros do Federal Reserve em seu simpósio anual. Historicamente, o evento é um espaço importante para que o Fed possa passar recados de sua política monetária para seus pares internacionais e para o mercado. Em poucas palavras, o Fed ainda pode superar as expectativas mercado se os dados não melhorarem na margem, elevando os rendimentos dos títulos e empurrando as ações para baixo.
Mais estímulos chineses
Como temos conversado, a China tem sido fonte de preocupação para investidores por conta do risco de desaceleração econômica, que poderia trazer graves consequências para a economia global. Mais recentemente, para piorar, uma seca vem comprometendo cada vez mais as colheitas, provocando, inclusive, racionamento de energia — a seca também é verificada na Europa (está em crise energética).
Em resposta aos ruídos de uma eventual desaceleração demasiada, nesta segunda-feira, o Banco Central da China cortou mais uma vez os juros para empréstimos de 1 e 5 anos (15 pontos-base) — os últimos estímulos ainda não foram o suficiente para combater os indicadores de uma economia mais fraca. Para ajudar um pouco mais, os bloqueios contra a Covid-19 também estão sendo desfeitos.
Este movimento é mais do que o esperado e está sendo interpretado como mais uma tentativa de impulsionar o mercado imobiliário, que está em crise já há algum tempo (as taxas de hipoteca caíram significativamente nos últimos doze meses). Naturalmente, a economia chinesa, pela sua relevância, deve ser acompanhada por nós, brasileiros, com uma grande lupa. Desdobramentos podem ser sentidos por aqui.
Anote aí!
A agenda de hoje, especificamente, é um pouco menos agitada. A atenção da semana, como dissemos, será focada no Simpósio de Jackson Hole. Entre os dados lá fora, contamos nesta segunda-feira com o índice de atividade nacional em julho dos EUA. Para o Brasil, começamos hoje com as entrevistas dos presidenciáveis na Globo.
Temos a divulgação de pesquisa presidencial sendo digerida, bem como o encontro entre o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro do Supremo Alexandre de Moraes, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Muda o que na minha vida?
Ao redor do mundo todo, as metas dos bancos centrais estão sendo questionadas, muito por conta da experiência atual de vários meses de inflação acima da normalidade. Atualmente, o problema com as metas de inflação é que grande parte da inflação verificada hoje está além do controle dos bancos centrais.
Não são apenas os preços das commodities. Se esses preços subirem, o banco central ou perde sua meta ou cria condições que promovem uma desinflação aguda nas áreas que pode controlar. Em outras palavras, eles têm que agir mais do que proporcionalmente para compensar as áreas em que não têm influência sobre.
No final do dia, as metas de inflação não são perfeitas, mas são melhores que as alternativas. O mercado sabe que a desinflação aguda pode nem sempre ser desejável. O problema é que para a conjuntura vigente temos poucas alternativas a não ser atuar com as ferramentas que temos disponíveis.
A partir de agora, as críticas aos bancos centrais devem continuar. Entender por que a inflação ultrapassou sua meta e se os bancos centrais poderiam ter feito algo de forma realista para evitar isso é uma resposta mais apropriada para as questões de política monetária para os próximos anos.
Um abraço,
Jojo Wachsmann
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