Frigorífico quebra o galho do produtor e paga R$ 285 pelo boi com cheiro de couro queimado
Boi não sai, sobra e preços despencam em ritmo muito alto para entressafra (Imagem: Leonardo de Barros)
O que esta entressafra tem na comparação com a de 2023 é boi gordo sobrando e queimando preços até o couro.
As escalas dos frigoríficos estão cheias até meio de setembro. Com algum pessimismo a mais, batem no final do mês do próximo mês.
Tem animal de mercado interno em São Paulo valendo R$ 285 a @. É o que vai engordar a programação de abate se o produtor quiser vender e o frigorífico fizer o favor de comprar.
A Scot Consultoria mandou dois cortes seguidos, ontem e hoje, em seu levantamento, com registro nesta quarta de R$ 286,50 à vista.
O Cepea, que carrega um pouco mais de boi China no meio das informações passadas por indústrias e produtores, e mostra preços sempre um degrau acima, deve acusar novo golpe hoje também.
Talvez nem tanto quanto os 7,16% inferiores da véspera, a R$ 303,20, mas se estabilizar já é para soltar fogos.
Não tem consumo que dê conta. Logo, tem mais boi pronto porque não sobe a gaiola dos caminhões rumo ao abatedouro.
A sazonalidade de baixa da segunda quinzena do mês é mais sofrida ainda.
A partir de quinta começam a entrar alguns salários, mas pouco se espera. Nem no dia dos pais, por exemplo, o boi teve algum espasmo.
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