PGR informa ao STF que investiga Bolsonaro por ataques a urnas em reunião com embaixadores
Em julho, Bolsonaro reuniu-se com embaixadores estrangeiros e reiterou suas sistemáticas acusações, sem apresentar provas (Imagem: Clauber Cleber Caetano/PR)
A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, informou, em resposta ao 💥️Supremo Tribunal Federal (STF), que o presidente 💥️Jair Bolsonaro já é alvo de uma investigação preliminar sobre reunião do candidato à reeleição com embaixadores estrangeiros em que reafirmou seus ataques infundados à segurança das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral.
Endereçada à ministra do STF 💥️Rosa Weber, a manifestação da 💥️Procuradoria-Geral da República (PGR) nega o seguimento de uma petição no contexto de notícia-crime apresenta ao Supremo pelo deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) e outros contra Bolsonaro, apontando que já existe uma investigação em andamento na PGR.
“Ante o exposto, o Ministério Público Federal manifesta-se pela negativa de seguimento à petição, com o consequente arquivamento, considerando… a existência de anterior Notícia de Fato Criminal… em curso na Procuradoria-Geral da República acerca dos mesmos fatos”, diz o despacho de Lindôra.
Em julho, Bolsonaro reuniu-se com embaixadores estrangeiros e reiterou suas sistemáticas acusações, sem apresentar provas, à lisura do sistema de votação.
O presidente vem atacando as urnas eletrônicas e chegou a defender a aprovação de medida que instituiria o voto impresso, mas o projeto foi derrotado pelo 💥️Congresso Nacional.
Os ataques de Bolsonaro às urnas no encontro com os embaixadores também é objeto de uma outra ação que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (Imagem: Facebook/Jair Messias Bolsonaro)
Em controvérsia mais recente, Bolsonaro afirmou em entrevista ao Jornal Nacional que aceitará o resultado das urnas desde que as eleições ocorram de forma “limpa” e “transparente”, no critério dele.
Os ataques de Bolsonaro às urnas no encontro com os embaixadores também é objeto de uma outra ação que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apresentada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).
Para o vice-procurador-geral Eleitoral Paulo Gustavo Gonet Branco, que assina a peça junto ao TSE, as declarações do presidente durante a reunião com os representantes estrangeiros teriam o propósito de “desacreditar a legitimidade do sistema de votação digital”. Por isso mesmo, ele pedia, em caráter liminar, que vídeos reproduzindo as falas fossem retirados do ar.
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