Ibovespa hoje: A Super Quarta chegou

Jerome Powell

Federal Reserve concentra as atenções, com anúncio de alta na taxa de juros dos EUA e entrevista de Jerome Powell, mas dia também traz decisão do Copom no Brasil (Imagem: flickr/Federal Reserve)

O Ibovespa chega à Super Quarta-feira de decisão dos bancos centrais nos Estados Unidos e no Brasil com um desempenho mais positivo do que o observado pelos mercados internacionais. A Bolsa brasileira voltou a se descolar ontem de Wall Street e conseguiu engatar uma segunda alta seguida.

Já os índices acionários em Nova York seguem na defensiva nesta manhã, com os investidores preparados para o que pode ser uma “Super Quarta” sangrenta. A expectativa majoritária continua sendo de que o Federal Reserve anunciará, às 15h, uma nova alta de 0,75 ponto percentual (pp) na taxa de juros dos Estados Unidos & a terceira consecutiva.

Ainda que a chance de um aumento maior, de um pp, hoje seja inferior a 20%, a questão é saber quão agressivo (“hawkish”) o Fed continuará sendo nas reuniões seguintes. Afinal, o tamanho das altas recentes mostra o esforço no combate contra a inflação elevada. Talvez, então, ainda não seja o momento de baixar a guarda e reduzir o ritmo de aperto. 

Com isso, as atenções do dia estarão concentradas na entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, a partir das 15h30. A expectativa é de que ele mantenha o discurso duro e passe a mensagem de continuidade do ciclo de alta. Sinais hawkish também devem estar no novo gráfico de pontos (dot plot), com piora na previsão das variáveis econômicas.  

Ainda lá fora, vale citar o comportamento robusto do petróleo. O avanço de mais de 2% nos preços do barril reflete a decisão do governo Putin de mobilizar mais 300 mil soldados com o intuito de elevar a força militar na Ucrânia. A escalada da tensão geopolítica entre Rússia e Ocidente emite alertas de armas nucleares. 

Hoje também tem Copom

Já no Brasil, poucas horas após os eventos do dia envolvendo o Fed, o Comitê de Política Monetária entra em cena para anunciar sua decisão de juros. O Copom pode tanto manter a Selic estável em 13,75% quanto promover um ajuste residual na taxa básica, de mais 0,25 pp. Seja como for, o BC local deve indicar que o ciclo de aperto chegou ao fim. 

Da mesma forma, então, o comunicado que acompanhará o anúncio do Copom é mais importante que a decisão em si. Afinal, como se sabe, o Brasil foi um dos primeiros países do mundo a iniciar o ajuste da taxa de juros, ao passo que o Fed seguia firme na previsão de que a alta da inflação era “temporária”.  

Aliás, esse vanguardismo do Copom é um dos fatores que explica por que o Ibovespa e, principalmente, o real brasileiro conseguem se descolar da turbulência vinda do exterior, atraindo recursos estrangeiros para os 💥️ativos locais. Afinal, à medida que o Fed endureceu o tom em relação ao aumento dos preços, os países que não seguiram o ciclo de aumento da taxa de juros passaram a sofrer uma grande desvalorização cambial & basta ver os exemplos das moedas na Ásia, como o 💥️iene e o 💥️yuan, e na Europa, como o 💥️euro e a 💥️libra. 

É por isso que o foco dos mercados domésticos está se deslocando para as eleições e os desafios que o vencedor nas urnas em outubro terá pela frente. Também já era tempo. A contagem regressiva para o primeiro turno entra na reta final e mostra o líder nas pesquisas eleitorais avançando para além da margem de erro, enquanto o rival segue estacionado.

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h35:

EUA: os futuros do Dow Jones subia 0,21%; o S&P 500 avançava 0,19%; enquanto o Nasdaq tinha alta de 0,02%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 crescia 0,45%; a bolsa de Frankfurt oscilava com +0,05%; a de Paris subia 0,22% e a de Londres avançava 0,76%

Câmbio: o DXY tinha alta de 0,33%, a 110.58 pontos; o euro cedia 0,46%, a US$ 0,9924; a libra tinha queda de 0,37%, a US$ 1,1339; o dólar subia 0,14% ante o iene, a 143,92 ienes.

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,541%, de 3,564% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,959%, de 3,971% na sessão anterior

Commodities: o futuro do ouro subia 0,75%, a US$ 1.683,70 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI subia 2,44%, a US$ 85,99 o barril; o do petróleo Brent avançava 2,43%, a US$ 92,82 o barril; o minério de ferro para janeiro fechou em queda de 2,04% em Dalian (China), a 695,50 yuans.

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