AgroForum: sustentabilidade é geração de caixa para Raízen (RAIZ4), JBS (JBSS3) e Agropalma
Produção de óleo de palma sustentável é negócio em destaque no AgroForum
A produção sustentável é negócio e para algumas empresas já está no DNA desde o nascimento, enquanto outras estão avançando neste processo na medida em que as oportunidades de geração de caixa se alinham às exigências das cadeias agregadas e do consumo responsável.
Com esse gancho, em um dos painéis do AgroForum 2022, nesta quinta (29), a Raízen (RAIZ4) destacou o avanço da produção e tecnologia do etanol de segunda geração (2G), a JBS (JBSS3) lembrou dos estudos para diminuição do metano produzido pelos animais e o monitoramento do desmatamento entre os fornecedores.
Já a Agropalma, instalada em um mercado de óleo de palma, desconhecido para a maioria, com produção no Norte do Brasil, seu CEO Benny Fiterman afirmou que a empresa já é “Net negativa”, sobretudo porque atende players exigentes na compra de insumos para seus produtos.
O presidente da maior companhia global de sucroenergia, em joint venture com a Shell, Ricardo Mussa, também adiantou que o etanol por si só já é um produto sustentável, mas que o 2G acaba até tendo prêmios maiores no exterior, dada à produtividade da cana, mais com menos área.
“Investimos R$ 500 milhões em nove anos”, adiantou, lembrando outros aportes da Shell.
O biogás, extraído da vinhaça – resíduo da moagem da cana – também é outro foco de negócio em expansão, que virá a substituir o diesel em muitos destinos, bem como a planta da Raízen atual já proporcionada redução de custos na substituição do combustível de petróleo.
Mussa acentuou ainda o crédito de carbono como um mercado a ser monetizado cada vez mais no futuro.
O maior frigorífico do mundo, representado no seminário pelo CEO Gilberto Tomazoni, marcou sua presença mostrando exemplos considerados positivos nos estudos, com vários parceiros, como a DSM, para o uso de suplementação alimentícia em seus confinamentos que diminuam o metano das fezes dos bois.
Outro ponto, é o monitoramento por blockchain e por satélite de fornecedores, para controlar o impacto do desmatamento na demanda final das carnes, uma vez que os frigoríficos são alvos principais dos movimentos ambientais. “Já cortamos 15 mil produtores que não respeitaram os limites”, afirmou Tomazoni.
A JBS também estabeleceu, para a Seara, uma dinâmica no transporte de rações entre as granjas e unidades, encurtando o número de viagens, diminuindo as emissões e dando ganhos com nas despesas.
Além de outros pontos, como a importância da integração pecuária-floresta (ILPF) e da necessidade de as empresas adotarem que já “se tem aqui hoje”, o presidente da JBS mencionou que o que era mero resíduo, a ser destinado a aterros, agora virou negócio com fábrica de biofertilizantes.
A jovem e pequena Agropalmas, perto dos dois gigantes que estavam no mesmo painel, tem que atender clientes de peso, que controlam as compras de insumos desde a base produtiva la no início da cadeia. De uma Unilever a uma Basf, o óleo de palma extraído já sai de uma plantação que “sequestra 1,15 tonelada de carbono”, segundo o presidente Benny Fiterman.
São 230 mil hectares de palmeiras, ainda em desenvolvimento boa parte, sendo que 25% do fornecimento vem de agricultores familiares. Agora, como o avanço do programa de clonagem, continua o executivo, a Agropalma vai poder produzir uma palma com maior produtividade e maior resistência, podendo, daí, usar menos área e menos insumos fósseis, como fertilizantes e defensivos.
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