Lula, Bolsonaro, Tebet ou Ciro: Quem ganhou (e perdeu) o debate da Globo?
Para o especialista, no entanto, a candidata ao MDB, Simone Tebet, teve o melhor desempenho entre os postulantes (Imagem: Ricardo Moraes/Ricardo Moraes)
Após mais de três horas de duração, o último debate presidencial antes do primeiro turno, realizado pela 💥️TV Globo, termina com “muitos memes e pouco conteúdo”, avalia o cientista político e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rodrigo Prando, em entrevista ao 💥️Money Times.
Para o especialista, no entanto, a candidata do MDB, 💥️Simone Tebet, teve o melhor desempenho entre os postulantes.
“Da mesma maneira que Tebet foi a melhor do debate da Band, nesta ela também foi a melhor. Ponderada, fez a crítica a Lula e a crítica a Bolsonaro, debateu e foi educada. Sai como o destaque, não só do debate, mas como da eleição”, afirma.
Além disso, Prando coloca que o ex-presidente e candidato 💥️Lula “conseguiu manter a calma e sobressair-se”.
O ex-presidente foi um dos principais alvos. Além de💥️ Jair Bolsonaro, o candidato 💥️padre Kelmon, do PTB, 💥️Luiz Felipe D’avila, do Novo, e 💥️Ciro Gomes, do PDT, também centraram fogo no ex-presidente, principalmente nos escândalos de corrupção.
“De certa maneira, o candidato do 💥️Novo, por conta da agenda liberal, acaba servindo de escada para 💥️Bolsonaro em alguns momentos do debate. Esses três (💥️D’avila, Kelmon e 💥️Bolsonaro) bateram no Lula e na esquerda”, coloca.
Para Prando, é natural que o tema seja abordado pelo adversários, já que a 💥️corrupção esteve presente “e ele (Lula) tem que prestar contas disso”.
Ao se defender, Lula apelava para o que seu governo, especialmente no primeiro mandato, significou no campo social e econômico.
“Quem conseguiu mexer psicologicamente com 💥️Lula não foi nem o 💥️Bolsonaro, mas foi o 💥️Padre Kelmon. Nesse sentido, embora muita gente diga que ele pode ter se prejudicado, a percepção do eleitorado é que ele também bateu no momento certo de alguém que estava ali como impostor, tentando atacá-lo”, explica.
O candidato do 💥️PTB questionou o petista sobre os casos de corrupção durante seu governo, que em resposta, questionou os interesses do candidato no debate.
O mediador do debate, o jornalista Wiliam Bonner, teve que interromper algumas vezes para reestabelecer a ordem nesse momento.
“Foi um debate extremante tenso, como ficou claro nos pedidos de respostas até tirar o mediador do sério, o Bonner. Agora, não tinha como não ser diferente. As pesquisas indicam uma possibilidade matemática do 💥️Lula“, explica.
“O presidente Bolsonaro precisa ir para o tudo ou nada para levar a disputa para o segundo turno”, completa.
💥️Pesquisa de intenção de voto 💥️Datafolha divulgada pela TV Globo nesta quinta-feira (29) mostra 💥️Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no limite dos 💥️votos válidos para conseguir uma vitória no 💥️primeiro turno das eleições para presidente da República no dia 2 de outubro.
O que muda depois do debate?
Para Prando, o debate não mexe no cenário eleitoral.
“Todos os eventos até então não mudaram as pesquisas há mais de um ano, pelo menos, a liderança de Lula seguida de Bolsonaro. Mas foi uma audiência muito grande”, discorre.
A Globo chegou a marcar 30 pontos de audiência no primeiro bloco.
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