Lula e a privatização da Eletrobras (ELET6): Se funcionar, não será revista, diz economista da equipe

Lula

Uma possível vitória do ex-presidente Lula, que se declara contra as privatizações, colocou dúvidas sobre o futuro da Eletrobras (Imagem: Flickr/ Lula Oficial/Ricardo Stuckert)

A capitalização da 💥️Eletrobras ELET6

“Não há nenhum fetiche nem pelo privado, nem pelo público. O importante é que o instrumento funcione. Se a 💥️Eletrobras funcionar, tiver os investimentos, se desenvolver, promover a transição energética, ótimo. Isso precisa ser avaliado. A 💥️Eletrobras e outras estatais precisam ser valorizadas”, diz.

Lei das Estatais

Outro ponto de preocupação de parte do mercado, Mello afirma não se opor à 💥️Lei das Estatais, aprovada ainda durante o governo 💥️Temer.

A lei foi considerada um avanço por parte do mercado para a 💥️governança das estatais e é citada por gestores e analistas como um fator que sustenta a recomendação de compra para 💥️Petrobras e 💥️Banco do Brasil (💥️BBAS3), por exemplo.

“Não temos nenhum problema com regramento que proteja estatais desse ponto de vista e que exija a formação de quadros ilibados, sérios e técnicos. Isso é muito importante para as estatais. É um tema que não nos preocupa”, coloca.

“Não há nenhum fetiche nem pelo privado, nem pelo público. O importante é que o instrumento funcione”, disse

💥️Veja a seguir alguns trechos da entrevista:

💥️Money Times: A privatização da Eletrobras e da antiga BR Distribuidora, hoje Vibra, serão revistas? Há algum estudo a esse respeito?

💥️Guilherme Mello: Apesar de ter havido essa diluição de capital da Eletrobras na mão de acionistas privados, o governo federal ainda tem uma participação relevante na Eletrobras.

A Eletrobras, assim como outras empresas estatais, são instrumentos importantes para fazer as transições energéticas para uma matriz energética 100% limpa e renovável. Além disso, a empresa é fundamental para garantir a soberania energética do país.

Acreditamos que com esse instrumento, junto com a participação do Governo Federal, é possível construir as políticas para conduzir as transições (para a energia limpa).

Mas é evidente que isso precisa ser avaliado ao longo do tempo: como esses investimentos estão funcionando, se eles têm a capacidade de investimento necessária.

Não há nenhum fetiche nem pelo privado, nem pelo público. O importante é que o instrumento funcione.

Se a 💥️Eletrobras funcionar, tiver os investimentos, se desenvolver, promover a transição energética, ótimo. Isso precisa ser avaliado. Outras estatais e a própria Eletrobras precisam ser valorizadas.

A 💥️Petrobras, por exemplo, tem um papel fundamental do estudo de novos combustíveis, de novas fontes de energia. A companhia é referência nesse tema e deixou de ser nesse governo. Isso condena a empresa.

O futuro é outra fonte. A 💥️Petrobras não pode ser só usada para extrair petróleo. Ela precisa pensar o futuro dela como companhia. Todas as petroleiras estão se tornando empresas de energia, mesmo as privadas.  

“Não há contradição entre uma empresa pública e o lucro e distribuir parte desse lucro e ela investir, se desenvolve” (Imagem: Agência Brasil)

💥️Money Times: Em fala recente, o ex-presidente classificou o lucro do Banco do Brasil como o de um lucro de banco privado. Como será o papel das estatais em eventual governo Lula?

💥️Guilherme Mello: Se você pegar no governo Lula, a Petrobras teve lucros enormes por vários anos e ela se tornou uma das maiores empresas do mundo durante o governo Lula. Antes, era uma empresa média.

Se tornou uma empresa grande depois do pré-sal. Chegamos ao pré-sal não por acaso. Foi pesquisa, inovação, desenvolvimento.

Não há contradição entre uma empresa pública dar lucro e distribuir parte desse lucro e ela investir, se desenvolver. Atender o que se espera de uma empresa pública, que é a sua função social.

Essas empresas precisam ter lucro e precisam reinvestir. O que foi feito agora? A Petrobras teve um lucro recorde, muito superior aos seus pares internacionais, em função do PPI (paridade de preços internacionais), que transferiu todo esse aumento de preços para o consumidor.

O que a Petrobras faz com esse lucro? Distribui quase tudo, ao invés de pegar uma parte desse lucro e fazer o investimento.

Precisa fazer investimento porque o futuro da empresa depende disso.

Não há empresa que sobreviva se não fazer investimentos, inovação, melhoria do processo. Para o acionista de curto prazo, é uma boa notícia porque ela distribui dividendos, ela se valoriza.

Mas para o acionista de longo prazo que está pensando na empresa ao longo do tempo, isso é uma fonte de preocupação. Se não está investindo, está perdendo a capacidade de concorrer com as outras empresas.

💥️Money Times: Como a candidatura do governo Lula avalia a Lei das Estatais? Ela também pode ser revista?

💥️Guilherme Mello: Sobre a governança das estatais, temos compromissos sempre criteriosos e técnicos na escolha.

Não temos nenhum problema com regramento que proteja estatais desse ponto de vista e que exija a formação de quadros ilibados, sérios e técnicos.

Isso é muito importante para as estatais. É um tema que não nos preocupa. 

O mercado precisa saber que as estatais no governo Lula terão um papel importante não só para o país, como para elas próprias, como empresas. Serão bem geridas, saudáveis e capazes de fazer os investimentos. 

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