Bolsas nos EUA fecham pior setembro desde crise de 2008; o que vem em outubro?
Wall Street (Imagem: Shutterstock)
Os í💥️ndices acionários de Nova York fecharam o último pregão do mês em queda, com temores de uma recessão, fabricada pelo aumento de juros.
Após uma sessão de grande volatilidade, o Dow Jones perdeu 1,71%, o S&P 500 caiu 1,51% e a Nasdaq cedeu 1,51%.
Já o índice Dow Jones Brazil Titans ADR, que mede o desempenho das 20 ações brasileiras mais negociadas em Nova York, fechou em alta de 1,58% beneficiando-se do rali do Ibovespa.
Este foi o pior setembro para ações desde 2008, auge da crise financeira
Consideradas as perdas mensais de 10,5% para o Nasdaq, 9,3% para o S&P 500 e 9,2% para o Dow Jones, setembro encerra como o pior desde 2008, no auge da crise do ‘subprime’.
Outra marca impressionante é que os nove primeiros meses de 2022 tiveram a maior queda das Bolsas desde 2002, quando o mundo ainda saía da Bolha da Internet.
O pífio desempenho dos mercados americanos está associado à pressão contracionista exercida pelo Federal Reserve, que deve continuar aumentando os juros para controlar a inflação no país.
O fator ‘Fed’ também figura como principal responsável pela escalada dos rendimentos dos títulos soberanos nos EUA, que atingiram em setembro 💥️máximas não vistas em 40 anos.
Hoje, enquanto o rendimento dos títulos de 2 anos subiram 3,8 pp., aos 4,278%, os títulos longos de 10 anos tiveram rendimentos de 3,828%, 5,5 pp. acima do fechamento da véspera.
Ao olharem os ‘suculentos’ números de rentabilidade dos títulos soberanos, investidores em Wall Street tem se desfeito de ativos de risco, desencadeando ondas de venda de ações durante o mês.
Joga mais fogueira no temor da recessão o avanço frenético do dólar, com companhias multinacionais listadas no 💥️S&P 500 já alertando supressão de receita por conta de efeitos cambiais. Os primeiros resultados corporativos do terceiro trimestre, que se encerra hoje, começam agora em outubro.
O que esperar em outubro?
Segundo analistas do mercado americano, outubro é um mês historicamente positivo para as Bolsas e pode apresentar um alívio ao implacável bear market de setembro.
A avaliação é de que, após a ondas de liquidação de setembro, compradores de ações devam ir atrás de papéis subprecificadas, contribuindo para uma recuperação parcial dos índices.
A maré defensiva, no entanto, não deverá ceder tão cedo.
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