BofA cresce time e receita em 9% na América Latina, diz Bettamio
“A indústria de fundos no Brasil é muito qualificada, com escritórios em Nova York e Londres, então eles são um cliente ideal para um banco global como o BofA”, disse Bettamio (Imagem: Bloomberg)
A receita do 💥️Bank of America na💥️ América Latina aumentou 9% este ano e o banco cresceu o número de funcionários na região mesmo com a queda nos negócios de venda de 💥️ações.
A área de banco corporativo teve expansão de 64% na receita graças à abertura de novas contas de clientes, ao aumento dos depósitos e ao maior rendimento do caixa com taxas de 💥️juros globais mais altas, disse Alexandre Bettamio, presidente do BofA na região.
O banco também cresceu sua carteira de empréstimos para a América Latina em 20% e ganhou participação de mercado em banco de investimento, ocupando o primeiro lugar em receita com comissões na América Latina e no Brasil este ano até 31 de agosto, de acordo com a empresa de pesquisa Dealogic, com sede em Londres.
“Sabemos que estamos em países emergentes aqui, que têm uma boa dose de volatilidade por natureza, e a região continua sendo impactada por diferentes ciclos econômicos, por isso construímos um negócio diversificado e resiliente para enfrentar essa volatilidade”, disse Bettamio em entrevista na sede do banco em São Paulo.
O banco também cresceu sua carteira de empréstimos para a América Latina em 20% (Imagem: REUTERS/Stephanie Keith)
Taxas de juros mais altas destinadas a combater a 💥️inflação combinadas com os temores de recessão global se aliaram às incertezas políticas locais e reduziram as vendas de ações e de títulos de dívida nos 💥️mercados internacionais. Isso cortou a receita total dos bancos de investimento em 44% na América Latina, para US$ 928 milhões, de acordo com a Dealogic.
Por outro lado, quando as taxas de juros são mais altas, os bancos podem ganhar mais dinheiro aproveitando a diferença entre os juros que pagam aos clientes e os rendimentos que podem obter ao investir os depósitos desses clientes.
O BofA, que aumentou o número de funcionários situados na América Latina em cerca de 9% nos últimos 12 meses, não tem presença de 💥️varejo na região, mas oferece serviços de banco de atacado completos no 💥️Brasil e no 💥️México. Além disso, o banco possui uma corretora no Chile e escritórios de representação na América Central, Argentina, 💥️Peru e 💥️Colômbia.
O BofA está expandindo sua corretora prime na América Latina, oferecendo serviços como empréstimo de títulos, execuções de operações alavancadas e gestão de caixa e pagamentos para fundos multimercado, fundos de pensão e seguradoras. Contratou Alexandre Goldemberg no ano passado do 💥️Goldman Sachs para liderar esse esforço.
“A indústria de fundos no Brasil é muito qualificada, com escritórios em Nova York e Londres, então eles são um cliente ideal para um banco global como o BofA”, disse Bettamio.
Altos executivos contratados na área de banco de investimento este ano incluem Matias Eliaschev, presidente do Lazard para a América Latina fora do Brasil, e José Rafael Viso, do JPMorgan Chase.
O BofA continua investindo em pessoal e busca adicionar mais banqueiros de investimento, mesmo com a inflação aumentando as despesas, disse o diretor financeiro global Alastair Borthwick no mês passado em conferência do banco. O BofA investirá em talentos, mantendo as despesas “tão apertadas quanto possível”, disse o diretor financeiro.
O BofA gerou a maior receita de assessoria em fusões e aquisições na América Latina e no Brasil este ano até 31 de agosto, de acordo com a Dealogic. E a atividade maior quase compensou comissões mais baixas provenientes de vendas de ações muito mais fracas, disse Augusto Urmeneta, chefe de banco corporativo e de investimento para a América Latina.
Enquanto o conjunto de comissões na região com assessoria em fusões e aquisições cresceu 50%, para US$ 555 milhões, a receita de vendas de ações caiu 84%, para US$ 125 milhões, de acordo com a Dealogic.
“Este foi um grande ano em fusões e aquisições para nós”, disse Urmeneta.
O BofA assessorou a Ultrapar na venda da unidade química Oxiteno para a Indorama, um negócio de US$ 1,3 bilhão aprovado pelos reguladores antitruste no Brasil em março. O banco também assessorou o mexicano Grupo Bimbo na venda de US$ 1,3 bilhão de seu negócio de confeitaria Ricolino para a Mondelez International, uma transação anunciada em abril.
“Empresas que no passado estavam tentando fazer uma oferta de ações dizem agora que estão explorando a ideia de se fundir com outra empresa”, disse Urmeneta. “Então, até certo ponto, as fusões e aquisições podem se beneficiar de mercados voláteis.”
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