Famílias de renda alta foram as que mais sentiram a inflação em setembro
(Imagem: Pixabay/Alexas_Fotos)
No mês de setembro, o Índice de Preços aos Consumidor Amplo (💥️IPCA) registrou a terceira deflação seguida, após queda de 0,29%. No entanto, não foram todos os brasileiros que perceberam uma melhora nos preços.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (💥️Ipea), as famílias de renda alta tiveram uma alta de 0,08% da 💥️inflação no período. Todas as demais classes de renda apresentaram deflação, com taxas variando entre-0,21% e -0,35%.
O grupo também está entre os que acumulam a maior inflação no ano, de 4,79%, e em 12 meses, de 8,01%.
As famílias de renda média foram as que mais perceberam a deflação, com queda de 0,35%, seguido pelo grupo de renda média-baixa (-0,34%).
Veja a inflação em cada faixa de renda
💥️Cesta de produtos
O Ipea aponta que os grupos de 💥️Transportes, Comunicação e 💥️Alimentos e bebidas foram os que mais trouxeram alívio para todas as classes de renda em setembro.
No caso dos transportes, a deflação foi puxada pelas quedas de 8,3% da 💥️gasolina e de 12,4% do 💥️etanol. No entanto, para as famílias de alta renda, essas reduções foram anuladas pelo reajuste do preço das passagens aéreas (8,2%) e do transporte por aplicativo (6,1%), já que o peso desses itens na cesta de consumo é maior que nas demais faixas.
No grupo de comunicações, as quedas vieram dos serviços de internet (-10,6%) e dos combos de telefonia, internet e televisão por assinatura (-2,7%), além dos planos de telefonia fixa (-1,1%) e móvel (-0,4%).
Já em alimentos e bebidas, a contribuição veio da melhora no comportamento dos alimentos no domicílio, como nos preços dos leites e derivados (-6,2%), dos óleos e gorduras (-4,2%), das hortaliças (-3,9%), dos cereais (-1,6%) e das carnes (-0,72%).
Os grupos “habitação” e “saúde e cuidados pessoais” sofreram altas de preços. Com isso, as três classes de renda mais baixas foram impactadas pelos reajustes dos aluguéis (0,67%), do gás de botijão (0,92%) e da energia elétrica (0,78%).
Já os aumentos dos planos de saúde (1,1%) e dos serviços de hospedagem (2,9%) e pacote turístico (2,3%) pressionaram a inflação das três faixas de renda mais elevadas.
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