Balanços das usinas deverão mostrar que a operação com açúcar funcionou contra queda do etanol

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Balanços de julho a setembro das usinas geram expectativa com a derrocada do etanol no período (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Os balanços das 💥️usinas no trimestre passado certamente vão levar em conta as quedas dos preços do 💥️etanol, que impulsionaram os resultados nos três meses imediatamente anteriores, mais que os do 💥️açúcar.

As condições do adoçante neste último período poderão ser um contrapeso. No entanto, ainda que não esteja oficialmente claro como as companhias aumentaram a produção e como fixaram os preços de exportações, não deverá haver surpresas negativas para um cenário que já se desenhava desde maio para o 💥️biocombustível.

“O ritmo de comercialização vai ditar o andamento [de julho a setembro], mas, em geral, para aquelas que ainda ficaram mais dependentes do etanol, deverá haver perdas se não souberam aproveitar o mix mais açucareiro e a valorização da commodity”, analisa o consultor Alexandre Figliolino, diretor da 💥️MBAgro, com o complemento de que é muito pouco provável que essa virada não tenha acontecido, ainda que em níveis diferentes.

💥️Cosan (💥️CSAN3) é a única que trabalha com ano civil, daí que seu balanço será o do 3T22, em 11 de novembro, enquanto sua controlada 💥️Raízen (💥️RAIZ4), junto com a 💥️Shell, divulgará o 1T23 (ano-safra 22/23) um dia antes. 💥️São Martinho (💥️SMTO3) e 💥️Jalles Machado (💥️JAll3) também demonstram por ano-safra, respectivamente dias 7 e 10.

A vantagem dessas 💥️sucroenergéticas listadas na 💥️B3 (💥️B3SA3) é que contam com plantas modernas, podendo muito bem ter se adaptado a uma condição menos favorável ao biocombustível pela maior competitividade da gasolina, a partir de queda do 💥️ICMS para os estados e dos impostos federais, vis-à-vis os reajustes negativos dados pela 💥️Petrobras (💥️PETR4).

A Cosan/Raízen talvez menos que as demais por possuir um parque industrial com mais unidades, nem todas de última geração, que, embora tradicionalmente mais açucareira,  acelerou o etanol no começo de safra (53% do mix), como lembra o especialista do setor.

Somado ao grande poder em volume do grupo.

Operacional forte

Para Figliolino, ex-diretor de Agronegócio do 💥️Itaú BBA, a gestão operacional de todas as companhias não costuma decepcionar, de modo que não se espera surpresas negativas.

Nos balanços de abril a junho, os 💥️Ebitdas de todas demonstram resultados operacionais fortes – tanto na comparação anual quanto contra a etapas imediatamente anteriores.

O da Cosan, por exemplo, cresceu 34,5%, e absorveu a forte queda do lucro líquido ajustado, em 94,6%, por despesas financeiras. Foram destaques os volumes comercializados e, com rentabilidade superior, da Raízen.

A São Martinho informou que o nível de fixações de preço do açúcar para a safra 22/23 e 23/24. Em 30 de junho, estavam, respectivamente, em 604 mil toneladas, a preço de R$ 2.261 a tonelada, e 165 mil/t a R$ 2.374/t. “Acima da média do mercado”, afirma Figliolino.

A compensação para o açúcar no 2T23 está de certa forma demonstrada, ao contrário do trimestre anterior – na comparação com igual do 1T22 -, quando a receita líquida com o adoçante foi 18,% inferior, refletindo a menor comercialização em 28,5%, período no qual o foco foi o etanol.

Para os lados da Jalles Machado, que ainda não deverá apresentar no balanço os resultados operacionais da incorporação da 💥️Usina Santa Vitória, cujo “closing” se deu há algumas semanas, a companhia goiana já lembrava dos “desafios” que o etanol apresentaria, assim que lançou seu demonstrativo de início da safra 22/23.

Os dados de abril a junho mostraram que as duas unidades, então, da Jalles ganharam share com etanol 💥️anidro, em mais 348%, e, em açúcar, 2,9%, absorvendo a baixa de 39,7% no biocombustível hidratado.

Com o adicional que no período o 💥️açúcar orgânico, ponto forte do grupo por absorver prêmios, voltou a ser escalonado nas exportações, com força ainda mais destinada de julho em diante.

“Dessa forma, temos a opção estratégica de limitar a venda de etanol até 31 de dezembro, quando se encerra a medida emergencial de isenção de impostos federais”, avisou em seu relatório, ao estampar R$ 120 milhões de resultado líquido no 1T23, alta de 3,8% (36,7% considerando o lucro líquido caixa) ante o mesmo trimestre da safra passada.

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