Meta (META): Extravagâncias no metaverso sugam lucro e empresa sai de top 20 mundial; ações derretem 24% em NY
A Meta derrete mais de 22%, sob voto de desconfiança de investidores (Imagem: REUTERS/Benoit Tessier)
✅Atualizado às 17h | Os investidores da 💥️Meta (META;META34) não estão nada contentes com os rumos tomados pela 💥️big tech. Na segunda-feira, Brad Gerstner, dono do fundo Altimeter Capital que possui centenas de milhões de dólares em ações da empresa, escreveu uma carta aberta a Mark Zuckerberg e à mesa diretora pedindo que a empresa “acorde para a realidade”.
Para reconquistar a confiança perdida dos investidores, Brad Gerstner sugere que Zuckerberg volte a focar em sua atividade principal, o segmento de inteligência artificial, e faça um trabalho significativo no controle de despesas — o investidor propõe um corte de 20% da força de trabalho.
Para Brad, a Meta se afogou em um caminho de excessos em sua empreitada no metaverso, com a empresa tendo anunciado investimentos da ordem de US$ 10-15 bilhões por ano no projeto e em tecnologias adjuntas, como AR/VR, e 3D imersivo.
Essas despesas em capital de investimento (💥️capex, na sigla em inglês) demorariam 10 anos para se tornar rentáveis, menciona o investidor. “Um investimento da ordem de US$ 100 bilhões em um futuro incerto é algo excessivo e amedrontador, até mesmo para os padrões do Vale do Silício”, arremata.
No ano passado, o segmento de metaverso da companhia reportou mais de US$ 15 bilhões em perdas.
Lucros derretem no terceiro trimestre e Meta sai de top 20
Os resultados do terceiro trimestre da Meta confirmaram os maus presságios contidos na carta do dono da Altimeter Capital. Os números aquém das expectativas do mercado levam a um derretimento de 24% das ações da empresa no pregão de hoje.
Entre julho e setembro, o lucro operacional da Meta caiu 46% em relação ao ano anterior, para US$ 5,66 bilhões. A receita desidratou 4% na base anual, para US$ 27,7 bilhões no terceiro trimestre, enquanto os custos e despesas aumentaram 19% ano a ano, para US$ 22,1 bilhões.
A receita da unidade Reality Labs, que abriga os headsets de realidade virtual da empresa e seu negócio de metaverso futurista, caiu quase pela metade em relação ao ano anterior, para US$ 285 milhões.
Por fim, a gigante das redes sociais disse que está “mantendo algumas equipes estáveis em termos de número de funcionários, diminuindo outras e investindo o crescimento do número de funcionários apenas em nossas maiores prioridades”.
O acúmulo de revezes em 2022 tirou a empresa de Mark Zuckerberg da lista das 20 empresas com maior valor de mercado do mundo, após ver US$ 670 bilhões virarem farelo no ano. Em 2022, a Meta caiu mais de 60% no Nasdaq, enquanto o índice decresceu cerca de 32%.
Como reportado pela Bloomberg, pelo menos três bancos de investimento — Morgan Stanley, Cowen e KeyBanc Capital Markets — cortaram suas recomendações para o papel depois que a empresa deu uma perspectiva de receita trimestral decepcionante. E não há sinais de alívio tão cedo.
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