Alta no mercado de crédito coloca em cheque aperto monetário do BC; entenda

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No mês passado, as concessões de crédito para pessoas físicas subiram 2,1% em outubro, para R$ 241,5 bilhões. (Imagem: Shutterstock)

Em um ano e meio, o 💥️Banco Central elevou a taxa 💥️Selic de 2% para 13,75% ao ano – trata-se do seu maior patamar desde 2016. O aperto monetário visava controlar a 💥️inflação, que estava em dois dígitos.

No entanto, a medida ainda não surtiu o efeito esperado no mercado de 💥️crédito. Segundo dados do 💥️Banco Central, as concessões dos bancos no 💥️crédito livre caíram 4,3% em outubro, para R$ 437,5 bilhões.

Já no acumulado de 12 meses, a alta registrada é de 24,2%.

Apesar da queda, no mês passado, as concessões de 💥️crédito para pessoas físicas subiram 2,1% em outubro, para R$ 241,5 bilhões. Em 12 meses, a alta é de 23,2%.

A taxa de 💥️juros mais alta tende a encarecer o 💥️crédito, o que levaria a uma diminuição das concessões e, consequentemente, uma redução no consumo.

Mas o volume de 💥️crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) alcançou R$5,2 trilhões em outubro, o que representa uma elevação de 1% no mês.

O volume de 💥️crédito com recursos livres às famílias atingiu R$1,7 trilhão em outubro, com elevações de 1,8% no mês e de 20,9% em doze meses.

Por modalidades, a expansão do 💥️crédito livre às famílias concentrou-se nas operações de 💥️cartão de crédito (+2,0%), 💥️crédito pessoal consignado para trabalhadores do setor público (+2,4%) e 💥️crédito pessoal não consignado (+1,5%).

“Diante de mais um avanço do saldo das concessões, parece que a política monetária ainda não conseguiu surtir total efeito no mercado de 💥️crédito”, destacam os economistas da 💥️Genial Investimentos, em relatório.

As taxas de crescimento para as famílias ainda são significativas, dando sinais de estabilidade em patamares mais elevados.

Além disso, a persistência do 💥️crédito livre para pessoas físicas ilustra a demanda ainda aquecida, sobretudo no consumo de 💥️serviços em um contexto de reabertura da economia ao longo de 2022.

Mais crédito, mais inadimplência

Junto com a concessão de 💥️crédito, subiu também a 💥️inadimplência. Os dados do Banco Central mostram que

A inadimplência do 💥️crédito total do sistema financeiro – que considera os atrasos superiores a 90 dias – registrou alta de 0,1 ponto percentual e atingiu 3%.

Por segmento, a 💥️inadimplência registrou elevação de 0,1 p.p. no 💥️crédito livre (4,2%), enquanto que no 💥️crédito direcionado a 💥️inadimplência se manteve estável (1,2%).

Já o endividamento das famílias com o SFN alcançou 49,9% em setembro, o que representou estabilidade no mês e elevação de 2,3 p.p. em 12 meses.

Com isso, o comprometimento de renda registrou elevações de 1 p.p. no mês e 3,3 p.p. no ano, situando-se em 28,7%.

A 💥️XP destaca que, no segmento pessoa jurídica, o destaque foi o cheque especial, com aumento da 💥️inadimplência anual de +4,7p.p. Já no caso de pessoas físicas, a inadimplência do 💥️cartão de crédito aumentou +3,4 p.p.

“Mantemos nossa visão de crescimento gradativo da inadimplência nos próximos meses e elevação das taxas de juros devido ao ciclo de aperto monetário”, afirmam os analistas da corretora, em relatório.

Em linha com o forte ciclo de aperto monetário, as taxas cobradas pelas instituições financeiras no 💥️crédito livre voltaram a registrar avanço de 1,7 p.p. no mês, ficando em 42,4% a.a., de modo que, registraram um aumento de 10 p.p. nos últimos 12 meses.

Selic mais alta

Essa deterioração da 💥️inadimplência nos últimos meses reflete as dificuldades do cenário macroeconômico, sobretudo com o aperto monetário que é responsável por um significativo encarecimento do custo do 💥️crédito.

Para os economistas da 💥️Genial Investimentos, o atual contexto macroeconômico, com a melhora no mercado de trabalho e aumento da massa salarial, em conjunto com políticas fiscais expansionistas, ajuda a explicar certa resiliência do mercado de 💥️crédito.

“O aumento generalizado da inadimplência já é mais um sinal de uma tendência que deve se agravar com a desaceleração econômica a partir do 4° trimestre de 2022, e que deve perdurar em 2023, refletindo os efeitos da política monetária contracionista”.

Este cenário, somado à expansão dos gastos do novo governo eleito, que elevaram significativamente o risco fiscal, aumenta a probabilidade de que o ciclo de aumento da Selic seja retomado, como forma de ancorar as expectativas de inflação.

“Este cenário adiciona um viés altista para o avanço da inadimplência tanto para as pessoas físicas quanto jurídicas”, diz a Genial.

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