MGLU3, VIIA3 e AMER3 derretem mais de 20% em novembro; veja o que fazer com as ações
Varejo de e-commerce reportou resultados fracos no terceiro trimestre do ano (Imagem: Divulgação/Casas Bahia)
Ações de 💥️varejistas encerraram novembro mal, figurando entre os piores desempenhos do 💥️Ibovespa, que também não escapou da pressão negativa.
Em mês marcado por forte volatilidade devido às incertezas sobre a formação das equipes ministeriais do novo governo Lula e ao potencial impacto da PEC da Transição para a economia brasileira, o índice de referência da Bolsa acabou caindo mais de 3%.
Os papéis do chamado “pacote Lula” figuraram entre as maiores perdas do Ibovespa no período, com 💥️Americanas (💥️AMER3) e 💥️Via (💥️VIIA3) derretendo, respectivamente, 32,05% e 30,35%. O 💥️Magazine Luiza (💥️MGLU3) fechou novembro acumulando queda de 23,71%.
As empresas educacionais, que também foram levantadas por analistas como nomes que podem se beneficiar com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições, marcaram perdas, com 💥️Cogna (💥️COGN3) derretendo 31,91% e 💥️Yduqs (💥️YDUQ3) perdendo 28,7%.
Resultados fracos
Como esperado, o varejo de e-commerce reportou 💥️resultados fracos no terceiro trimestre do ano. Magazine Luiza, Via e Americanas reportaram prejuízo, embora a primeira empresa tenha se saído melhor (ou “menos pior”), segundo Eleven, Genial Investimentos e TradeMap.
O Magazine Luiza entregou melhor desempenho operacional entre julho e setembro. Porém, esse desempenho foi ofuscado pelo resultado financeiro, que sofreu com o alto endividamento e os juros ainda em patamares elevados, aumentando as despesas com pagamentos de juros.
No caso da Via, a companhia não conseguiu manter o efeito de diluição de despesas com vendas visto no primeiro e segundo trimestres do ano. No terceiro trimestre, as despesas com vendas atingiram 22,5% da receita liquida.
Já a Americanas reportou desaceleração na demanda por eletrônicos, o que impactou a performance do segmento 1P, em -31,8%. O 3P permaneceu estável (+0,3%), enquanto o varejo físico apresentou crescimento de 12,4%, influenciado principalmente pelo crescimento inorgânico, já que as vendas nas mesmas lojas recuaram 2,7%.
Dentro do setor de educação, o Itaú BBA avalia que a Yduqs foi um dos destaques negativos da temporada. A performance positiva dos cursos premium foi ofuscada pelo ciclo ruim nas categorias on-campus e EaD (ensino a distância) comparado com o terceiro trimestre de 2023, levando a uma pequena queda na base de estudantes no comparativo anual.
“Apesar dos números da primeira linha do resultado e do Ebitda terem vindo ligeiramente acima das estimativas, essas tendências desafiadoras trazem preocupações adiante”, afirma a instituição.
Na contramão, a Cogna entregou números positivos para o terceiro trimestre, avalia o BBA, com uma forte performance na primeira linha do resultado.
Contribuíram para pesar ainda mais sobre as ações do varejo os dados da Neotrust de desempenho do e-commerce na 💥️Black Friday. Na última sexta (25), o varejo virtual registrou uma queda de 28% no seu faturamento em comparação ao mesmo período de 2023.
MGLU3, VIIA3 ou AMER3?
Fabrício Gonçalvez, analista e CEO da Box Asset Management, avalia que a ação do Magazine Luiza está barata. Segundo o especialista, o varejista é uma empresa com bons números e fundamentos, mas “sofre nesse atual momento por conta do cenário brasileiro”.
Em relatório divulgado no mês, a Eleven menciona recomendação de compra para as ações do Magazine Luiza, com preço-alvo de R$ 6. Para Via e Americanas, a corretora está mais cautelosa, com recomendação neutra e alvos em R$ 4 e R$ 23, respectivamente.
No caso da Warren, nenhuma das três empresas tem recomendação de compra.
“Se você tem o papel na carteira e já está no prejuízo há um tempão, a gente recomenda zerar, trocar a posição e investir em outra coisa, porque não vemos uma perspectiva de melhora”, afirma o analista Frederico Nobre.
Confira as maiores quedas do Ibovespa em novembro:
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