Globo ganhou mais de R$ 1 bilhão com Copa do Mundo, mas ficou no prejuízo; veja os números
Valor captado pela emissora com patrocínio paga apenas os direitos cobrados pela Fifa (Imagem: Reprodução/Instagram TV Globo)
A 💥️Copa do Mundo mais cara da história tem trazido dificuldades financeiras para as empresas captarem recursos com a exploração dos jogos.
A 💥️Globo, que tem exclusividade na transmissão dos jogos na TV aberta e fechada no Brasil, vendeu as cotas de patrocínio mais altas de sua história, mas o montante é insuficiente para, por si só, trazer lucro para a empresa.
Assim como tenta explorar de outras maneiras o evento ( o que fez ao longo dos 4 anos de diversas maneiras) a Globo ainda teve de lidar com altos custos de produção. Além de um dos países mais caros, o Catar ainda traz dificuldades por questões culturais e climáticas que encarecem a produção.
Contrato fechado antes da pandemia dificultou retorno
O contrato para a transmissão da edição do Catar da Copa do Mundo foi fechada pela Globo e a Fifa antes da escolha do país como sede da competição. A Globo tinha recentemente conseguido lucrar com a Copa no Brasil e tinha boas perspectivas de futuro.
Foram acordados US$ 90 milhões por ano, cerca de R$ 468 milhões anuais, quase R$ 1,9 bilhão a cada 4 anos. Isso antes da pandemia de Covid.
Uma briga judicial entre as partes ainda rendeu uma multa de US$ 30 milhões para a Globo, aumentando o valor para cerca de R$ 621 milhões anuais por quatro anos.
Esse foi o segundo contrato mais caro fechado para a transmissão do evento. Segundo o relatório fechado Rights Tracker, da SportBusiness, apenas os direitos de transmissão dos Estados Unidos foram mais caros, custando US$ 575 milhões (R$ 3 bi).
Países com poder aquisitivo mais alto que o Brasil pagaram menos. A Alemanha gastou US$ 235 milhões (R$ 1,22 bi) e Japão US$ 225 milhões (R$ 1,17 bi). Mesmo a China, com uma imensa população, investiu apenas US$ 203 milhões (R$ 1,05 bi). Na Argentina, o valor pago à Fifa não passou de US$ 20 milhões (R$ 104 mi).
Cotas de patrocínio deixam conta no 0 x 0
Com exclusividade da Copa do Mundo do Catar na TV aberta, a Globo celebrou nesta semana ter conseguido vender R$ 1,085 bilhão em cotas de publicidade.
O Notícias da TV apurou alguns valores que explicam essa operação no vermelho. Cada cota na TV aberta foi vendida por R$ 175 milhões.
A Globo já vendeu quatro cotas de patrocínio na TV aberta para a Copa: Itaú, Claro, Ambev e Magazine Luiza; para o SporTV foram: Ambev, Claro, Betfair e Nubank. A arrecadação já passou de R$ 1 bilhão, mas somente para a Fifa a Globo pagará neste ano US$ 90 milhões (R$ 440 milhões na cotação atual) pelo contrato do evento.
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