As duas mensagens do Citi para 2023: recessão por um fio e juros no pico
Federal Reserve deve elevar taxa de juros nos EUA para 5,50% até meados do ano que vem, levando economia norte-americana à recessão (Imagem: REUTERS/Joshua Roberts/File Photo)
Ventos contrários estão se movendo à medida que 2022 chega ao fim e devem formar uma 💥️tempestade perfeita no ano que vem, abalando as economias globais. A previsão do Citi para 2023 é formada por dois elementos-chaves: recessão e taxa de juros.
De um lado, o crescimento econômico dos principais países do mundo, excluindo a 💥️China, deve ser inferior a 1%. Portanto, em um nível próximo à recessão global.
“A primeira mensagem para 2023 é de que o mundo estará no limiar da recessão global”, afirmou o economista-chefe do Citi Brasil, Leonardo Porto, em evento para jornalistas. O Money Times participou do Citi Press Summit a convite.
No entanto, ele observa que o colapso da economia mundial não será “imediato e simultâneo”, tal qual observado em 2008. “Uma série de países deve entrar [em recessão] de forma não sincronizada”, prevê Porto.
Ou seja, enquanto a atividade na zona do euro deve ter contração já na virada de 2022 para 2023, os Estados Unidos vão cair em recessão no segundo semestre do ano que vem. A China, por sua vez, deve acelerar o ritmo de expansão, em meio à reabertura da economia & ainda que de forma inconsistente.
Pico dos juros é em 2023
Apesar da perda de tração da economia global, os principais bancos centrais do mundo não devem interromper o ciclo de aperto monetário. “O pico das taxas de juros globais é em 2023”, afirma o economista-chefe do Citi Brasil.
O Federal Reserve, por exemplo, só deve interromper os aumentos nos juros dos EUA em maio do ano que vem, quando a taxa terminal estiver em 5,50%. Atualmente, a taxa dos Fed Funds está no intervalo entre 3,75% e 4,00%.
Já o Banco Central Europeu (BCE) deve apertar os juros na região da moeda única até 2,50%, de 2% agora. Segundo Porto, a média global das taxas de juros neste ano é de 3,5%. Já em 2023, será de 4,90%. “Taxas mais elevadas provocam uma menor dinâmica da economia”, explica.
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