Meirelles: Haddad enfrentará desafio grande, mas é ‘bom nome’ para Fazenda

Ex-presidente do Banco Central no governo Lula e autor da emenda do teto dos gastos, Henrique Meirelles manifesta apoio ao futuro ministro da Fazenda (Imagem: Montagem Reuters e Divulgação)

O ex-presidente do 💥️Banco Central e ex-ministro da 💥️Fazenda Henrique Meirelles manifestou apoio à escolha de Fernando Haddad para ocupar um cargo que já foi seu durante o governo Temer. Desde o anúncio feito pelo presidente eleito Luiz Inácio 💥️Lula da Silva na última sexta-feira (9), Meirelles fez declarações públicas favoráveis ao futuro ministro.

A primeira delas foi feita pelas redes sociais. Confira:

Desejo todo sucesso ao novo ministro da Fazenda, @Haddad_Fernando, anunciado há pouco pelo presidente eleito @lulaoficial. O desafio do cargo é sempre grande, mas, em 2023, Haddad enfrentará uma situação especialmente difícil, diante dos riscos fiscais.

— Henrique Meirelles (@meirelles) December 9, 2022

Apesar do desafio do cargo, o ex-presidente do BC durante os dois mandatos de Lula (2003-2010) e autor da emenda do teto dos gastos sugere a Haddad um caminho para equilibrar o rigor fiscal com a agenda social.

A saída existe e reside no equilíbrio entre responsabilidade fiscal e social. Tenho plena confiança que, formando um equipe experiente, o novo ministro terá as condições para cumprir a sua missão.

— Henrique Meirelles (@meirelles) December 9, 2022

Meirelles reforça apoio a Haddad

Dia após as mensagens no Twitter, Meirelles reforçou o apoio ao ex-prefeito de São Paulo no comando da equipe econômica. Durante encontro anual da Indústria Química (Enaiq), o ex-ministro afirmou que Haddad é um “bom nome” para o cargo já ocupado por ele. 

“Ele [Haddad] fez uma gestão responsável do ponto de vista fiscal na prefeitura de São Paulo”, afirmou em evento ocorrido ontem. Ecoando declarações do mercado financeiro, Meirelles avalia que os nomes da equipe econômica a serem escolhidos pelo futuro ministro serão decisivos para conquistar a confiança dos investidores.

“Como não é economista, é importante que, assim como já foi feito no primeiro mandato de Lula, ele escolha secretários de bom nível, com conhecimento e experiência nas áreas específicas, e siga as sugestões desses secretários para fazer uma boa administração”, avaliou Meirelles.

Para Meirelles, esse arranjo já funcionou mais de uma vez. “É uma fórmula que pode ser bem sucedida”, avalia, contanto que as escolhas sejam bem feitas e que “de fato” os secretários tenham autonomia. A expectativa é de que Haddad anuncie no fim da tarde desta terça-feira (13) os primeiros nomes de sua equipe técnica.

✅*Com Estadão Conteúdo

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