Açúcar cristal avança 3% na margem em novembro, dobrando sobre outubro
Apesar dos avanços moderados no curto prazo, comparativo anual mostra forte defasagem no açúcar cristal. Leia a coluna do Mauricio Muruci. (Imagem: Pixabay)
O mês de novembro foi finalizado com novas acelerações sobre os ganhos na margem para as médias de negociação do 💥️açúcar cristal com até 150 Icumsa no mercado físico do interior de 💥️São Paulo, na região de Ribeirão Preto.
Os ganhos na margem refletem a variação dos preços correntes frente ao mês imediatamente anterior. Quebra na safra passada reforça carregamento estatístico negativo sobre os preços de 2022.
Estes, mostram que em outubro o avanço de curto prazo fora de 1,46% que agora deu lugar a ganhos ainda mais intensos, de 3,04% visto em novembro, com a média atual de preços em R$ 129,69 a saca de 50 kg.
Este crescimento nos preços ocorre em função da entressafra que se aproxima junto a sazonal redução na disponibilidade de oferta para o período.
Além disso temos reflexos da demanda extra de final de ano por parte de indústrias processadoras de alimentos que se preparam para o aumento de consumo frente as festividades de Natal, ano novo e carnaval.
Logo, isto explica os ganhos de curto prazo vistos em outubro e novembro, os quais devem se sustentar também em dezembro.
Expectativa de preços
A 💥️Safras & Mercado tinha uma expectativa de preços médios para novembro em R$ 127,00 a saca de 50 kg para cristal com até 150 Icumsa.
Porém, os dados efetivos do mês em R$ 129,69 vieram 2,12% acima da expectativa da Safras & Mercado.
Para dezembro a nossa expectativa é de preços médios de R$ 131 a saca de 50 kg para este mesmo açúcar, que deve representar uma alta na margem de 1,01% e queda anual de 26%.
É interessante observar que entre setembro e novembro deste ano os preços de 2022 têm se mostrado com quedas abaixo de 20% sobre os preços praticados no mesmo momento do ano passado.
Próxima temporada
Os dados de novembro agora mostram até mesmo uma intensificação desta tendência com queda de 26,65%.
Isto ocorre em função do carregamento estatístico dos preços do ano anterior que se viam pressionados em função da quebra de safra até então vista quando a produção de cana fora de 524 milhões de toneladas.
Mesmo com a correção monetária sobre as médias do ano anterior, trazidas para valor presente através do ajuste inflacionário, caso contrário, as quedas no comparativo anual de 2022 seriam até maiores.
Apesar disto a próxima temporada deve ser um período de elevação na disponibilidade de oferta de açúcar, o que deve achatar a curva de preços futuros, reduzindo o padrão de ápice de entressafra ao menos entre 10% a 15% nas projeções.
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