Especial China 2023 & Parte 3: Como promover negócios privados
China promove estratégia para estimular negócios privados, com destaque para empresas de tecnologia, pequenas e médias empresas e empresas estrangeiras (Imagem: REUTERS/Tingshu Wang)
Neste início de 2023, o colunista do Money Times Robert Lawrence Kuhn dedicou uma série de cinco artigos com ênfase na economia da 💥️China. No primeiro, o especialista falou sobre a estratégia chinesa para aumentar o crescimento econômico em condições complexas.
Já na segunda parte, Robert Lawrence Kuhn falou sobre a estratégia da China em relação às políticas monetária e fiscal. Agora, no terceiro artigo da série, ele fala sobre a estratégia da China em promover negócios privados & o que inclui empresas estrangeiras.
Confira o terceiro da série de cinco artigos sobre a economia da China
A estratégia econômica da China para 2023 promove descaradamente o setor privado de negócios. Em especial, 💥️empresas de 💥️tecnologia; 💥️pequenas e médias empresas na China; além de empresas estrangeiras que entram na China e do próprio capital externo.
Uma estatística muito citada diz que o setor privado na China é responsável por mais de 50% das receitas fiscais, mais de 60% do PIB, mais de 70% da inovação industrial, mais de 80% do emprego urbano e mais de 90% do número de empresas. Por tudo isso, o negócio privado será estimulado em 2023.
Tem havido, como todos sabem, certo ceticismo em relação ao apoio da liderança chinesa em relação aos negócios privados, especialmente entre empresários chineses e também entre companhias estrangeiras. Mas ao definir as diretrizes políticas para 2023 durante a Conferência Central de Trabalho Econômico afirma sem rodeios:
“A proteção baseada na lei será fornecida aos direitos de propriedade de empresas privadas e aos interesses dos empresários”. Ainda mais significativo, os líderes chineses fazem questão de exortar “quadros dirigentes em todos os níveis” para “resolver problemas para empresas, fazer coisas práticas e construir políticas transparentes de relações comerciais”.
Tudo isso foi dito durante a reunião anual de alto nível realizada em meados de dezembro para considerar as perspectivas econômicas e as políticas a serem definidas para 2023. Tais diretivas específicas dentro da hierarquia do 💥️Partido Comunista da China (PCCh) devem gerar mais confiança.
Presidente chinês, Xi Jinping, visa aliviar encargo de impostos sobre empresas e supervisionar setor sem lançar mão de restrições regulatórias (Imagem: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)
Alívio para as empresas privadas
Notavelmente, em seu discurso de ano-novo, o presidente chinês 💥️Xi Jinping afirmou que o alívio de impostos e taxas vai reduzir a pressão dos encargos de empresas, principalmente pequenas e médias empresas privadas.
Para empresas de tecnologia de primeira linha, que tiveram um período difícil de controles regulatórios e restrições, palavras calorosas vieram da Conferência Central de Trabalho Econômico:
“É necessário desenvolver vigorosamente a economia digital, melhorar o nível de supervisão normalizada e apoiar empresas de plataforma em desenvolvimento líder.” (“Supervisão normalizado” é o termo interessante aqui, recuando eufemisticamente das restrições regulatórias rigorosas anteriores e da mentalidade antitruste).
É um movimento lógico, dado o papel descomunal das empresas de plataforma em estimular a economia, criando empregos e competindo globalmente. Também é bastante o contraste com o passado recente.
Pegue os “dois inabaláveis”. Trata-se de um aforismo político de ordem superior, que dizia para aprofundar a reforma das empresas estatais, ao mesmo tempo em que melhoram a competitividade central, e tratar empresas estatais e empresas privadas igualmente, incentivando e apoiando o desenvolvimento e o crescimento do setor privado da economia e empresas privadas.
Ao mesmo tempo, busca-se encorajar o investimento estrangeiro direto reduzindo ainda mais a lista negativa, abrindo assim novos setores para empresas estrangeiras.
💥️Apoio político para negócios
Portanto, as lideranças chinesas estão decididas em atrair e utilizar capital estrangeiro, ampliar acesso ao 💥️mercado, promover a abertura de modernas indústrias de serviços e conceder às empresas de capital estrangeiro tratamento nacional (ou igual).
Isso pode ser de especial interesse para as empresas brasileiras que vêm considerando se devem entrar no mercado da China e, em caso afirmativo, como.
Tudo isso é consistente com o foco da China na abertura de alta qualidade, como facilitar o comércio, liberalizar o investimento, melhorar seu sistema de atração do capital estrangeiro e expertise, buscando ativamente ingressar em empresas de alta acordos econômicos e comerciais, como o Acordo Abrangente e Acordo Progressivo para Parceria Transpacífico (AAPPT).
Ao apelar para “usar a prática como padrão para testar a eficácia de várias políticas e trabalho”, as lideranças chinesas estão voltando a priorizar o crescimento econômico & uma parte essencial que requer apoio político para o setor privado. Compreensivelmente, as empresas privadas continuam relutantes para investir e tomar empréstimos.
Afinal, eles já ouviram essas palavras antes. Mas desta vez, eu acho & e espero, é diferente.
*Robert Lawrence Kuhn é um renomado especialista em China, especialista internacional e estrategista corporativo, sendo consultor para líderes e corporações multinacionais na China. Ele recebeu a Medalha da Amizade da Reforma da China do presidente Xi Jinping. É autor do livro “Como os Líderes Chineses Pensam”✅, publicado no Brasil pela Autonomia Literária.
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