Bolsonaro não pediu cidadania italiana, diz ministro das Relações Exteriores da Itália

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A mídia brasileira noticiou, após apoiadores radicais de Bolsonaro invadirem e vandalizarem as sedes dos Três Poderes no domingo, que o ex-presidente estava buscando a cidadania italiana (Imagem: Bloomberg)

O ex-presidente 💥️Jair Bolsonaro não solicitou cidadania italiana e não deve obtê-la mesmo que se candidate, disse a 💥️Itália nesta terça-feira, depois que centenas de seus apoiadores foram presos por invadir as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no domingo.

O presidente 💥️Luiz Inácio Lula da Silva, que assumiu o cargo em 1º de janeiro depois de derrotar Bolsonaro nas eleições de outubro, prometeu levar os responsáveis pela violência em 💥️Brasília à Justiça.

Bolsonaro voou para os 💥️Estados Unidos no final do ano passado, 48 horas antes do término de seu mandato. Ele está sob investigação em pelo menos quatro inquéritos criminais no Brasil e a imprensa brasileira noticiou que ele estava buscando a cidadania italiana.

Mas o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, negou isso.

“Ele (Bolsonaro) não pediu (cidadania) e eu não acredito que ele possa tê-la, no que me diz respeito”, disse Tajani em uma entrevista a uma emissora de rádio italiana.

De acordo com a lei italiana, as pessoas podem reivindicar a nacionalidade se puderem provar que tiveram ancestrais italianos, sem qualquer limite geracional. Mas registros criminais são levados em consideração quando os pedidos são analisados.

O bisavô de Bolsonaro nasceu em Anguillara, no nordeste da Itália, tornando o ex-presidente e seus filhos elegíveis para a cidadania.

O Ministério das Relações Exteriores da Itália confirmou que dois dos quatro filhos de Bolsonaro, Eduardo, que é deputado federal, e Flávio, que é senador, solicitaram a cidadania em 2023. O pedido ainda está sendo processado.

Os consulados italianos nos países onde os pedidos são apresentados lidam com o pedido e devem processar a papelada dentro de 24 meses.

Sem tratamento preferencial

No entanto, uma fonte diplomática disse que os consulados da Itália no Brasil foram inundados com pedidos, o que significa que deve levar anos até que os aspirantes recebam um passaporte italiano.

Um parlamentar italiano de esquerda, Angelo Bonelli, pediu ao governo que não conceda cidadania a ninguém da família Bolsonaro. Ele disse que leva em média de 10 a 15 anos para as pessoas receberem a cidadania por meio de laços ancestrais e alertou que os filhos de Bolsonaro não devem receber tratamento preferencial.

Bonelli acusou a família Bolsonaro de apoiar ativamente um ataque às principais instituições do Brasil no domingo por milhares de seguidores do ex-presidente.

“O governo italiano deve ser claro. Sem cidadania para os filhos de Bolsonaro e para o ex-presidente. Sem cidadania para os golpistas”, disse Bonelli.

Multidões enfurecidas invadiram o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto no domingo, quebrando janelas, móveis e obras de arte no pior ataque a instituições democráticas desde o retorno do Brasil à democracia na década de 1980.

Bolsonaro disse à CNN Brasil que planejava ficar nos Estados Unidos até o final de janeiro, mas agora planeja voltar ao Brasil mais cedo para consultar seus médicos.

O partido italiano de direita Liga, que está na coalizão governista, tem laços estreitos com Bolsonaro e o líder da Liga, Matteo Salvini, referiu-se a ele no passado como um amigo.

Bolsonaro visitou a casa do bisavô em 2023 e recebeu o título de “cidadão honorário” de Anguillara pelo prefeito, que é político da Liga. A medida está sendo contestada na mais alta corte da Itália.

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